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Abatido pela eliminação da Inglaterra na Eurocopa, o técnico Roy Hodgson atendeu a imprensa nesta terça-feira, ainda em solo francês, e não escondeu a irritação por ter que cumprir este último como compromisso como comandante da seleção inglesa, apesar de ter se demitido na noite de segunda.
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"Eu não sei o que eu estou fazendo aqui", reclamou o treinador, um dia depois da derrota para a surpreendente Islândia por 2 a 1. "Mas me disseram que seria importante estar aqui, talvez porque as pessoas ainda estão nos atacando por causa da nossa fraca performance ontem. Alguém precisa estar aqui para receber todos os dardos que serão lançados", ironizou.
Apesar das críticas, o treinador disse que não foi obrigado a comparecer à entrevista coletiva. "Não fui forçado a aparecer aqui. Faço isso porque eu nunca fugi de uma entrevista, nunca fugi de ninguém", declarou Hodgson, que pediu demissão logo ao fim da partida.
"Sei que muito ainda será escrito sobre nossa falha em alcançar as quartas de final. Nada do que eu diga mudará isso. Na verdade, vai colocar ainda mais combustível na fogueira, provavelmente", disse o treinador, que tinha a chance de renovar seu contrato caso a Inglaterra tivesse boa campanha nesta Eurocopa.
Como fez na segunda, Hodgson insistiu que a equipe inglesa demonstrou "bons sinais de bom futebol" nas três partidas da fase de grupos. E tentou minimizar a decepção contra a Islândia, estreante na competição europeia. "Um jogo em particular causou todo esse dano", afirmou.