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O sutiã é um item diário e indispensável para muitas mulheres e o seu uso é considerado totalmente seguro, embora deva ser adaptado ao tipo de peito e às necessidades de cada uma, e existem até os que podem detectar o câncer de mama.
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Porém, em 1991, surgiu uma associação que até hoje perdura e que continua a dividir médicos e especialistas. Na época, um estudo publicado no European Journal of Cancer relacionava o uso do sutiã a um risco de desenvolver câncer de mama, tendo sido defendido que as mulheres na menopausa que não haviam usado esta roupa íntima corriam um risco 50% menor.
Mas, existe mesmo o risco de desenvolver câncer de mama associado ao uso do sutiã? A ciência divide-se. Numa publicação feita no site da revista Self, a jornalista Korin Miller estuda tudo o que a ciência detectou sobre esta relação e a conclusão não é muito concreta: embora não tenham sido encontradas evidências científicas nos estudos realizados mais recentemente, há quem continue a desaconselhar o uso contínuo de sutiã, especialmente à noite e ao dormir.
São muitas as teorias que defendem que o uso de sutiã não deixa o seio respirar, provocando um acúmulo de toxinas que causam câncer, algo que a médica Homayoon Sanati – do MemorialCare Breast Cancer, nos Estados Unidos – considera sem fundamento e sem sentido, uma vez que, defende, “a maioria dos tumores de mama acontecem no quadrante superior do peito”, uma zona que, normalmente, não está em contato constante com o sutiã.
Também o diretor de oncologia dos centros médicos de New Jersey, Michael Kane, defende que “não existe qualquer ligação comprovada” entre o sutiã e o câncer e que as mulheres devem preocupar-se com outros fatores de desenvolvimento da doença e que são bem reais, como as mutações nos genes BRCA1 e BRCA2, o estilo de vida, a menopausa tardia, a obesidade e a densidade das mamas.