Policiais rodoviários são presos no PR após pedir propina, diz MPF

Operação identificou agentes que extorquiram dinheiro de caminhoneiro para evitar aplicação de multas e apreensão do veículo

© Divulgação

Justiça Extorsão 01/07/16 POR Notícias Ao Minuto

Ação conjunta entre Ministério Público Federal (MPF) e Polícia Federal (PF) resultou na prisão em flagrante de dois policiais rodoviários federais que cometeram crime de concussão ao exigirem o pagamento de propina para não aplicarem multa e nem realizarem a apreensão do veículo de um caminhoneiro durante fiscalização realizada em no posto de combustível da Polícia Rodoviária Federal (PRF) de Imbaú, na BR-376, região dos Campos Gerais. As informações foram divulgadas pelo portal do MPF nesta quinta-feira (30).

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A prisão ocorreu na noite do último dia 22, momentos após o pagamento de propina e liberação do caminhoneiro. A ação foi deflagrada após várias denúncias chegarem aos órgãos competentes envolvendo possíveis irregularidades funcionais ocorridas no posto da PRF em Imbaú.

Os policiais rodoviários interpelaram o caminhoneiro no posto da PRF para verificar supostas infrações. No local, conforme confirmou o motorista em depoimento posterior, ele foi forçado a entregar o valor que possuía no momento (um cheque de R$ 250 do Banco Sicredi e uma cédula de R$ 50).

Na mesma noite a PF se dirigiu ao local para cumprir as prisões após a confirmação das denúncias, inclusive por meio de monitoramento por câmeras de vídeo. Durante o cumprimento das prisões também foram encontrados nos objetos pessoais dos policiais rodoviários (bolsas, mochilas e veículos), grande quantia em dinheiro (mais de R$ 2 mil em espécie) e também um cheque no valor de R$ 250 do Banco Sicredi, que teria sido entregue pela última vítima.

Os policiais rodoviários foram conduzidos, a princípio, para a Delegacia da PF de Ponta Grossa e, posteriormente, encaminhados para o Presídio Hildebrando de Souza. Em audiência de custódia realizada na 1.ª Vara Federal de Telêmaco Borba, as prisões em flagrante foram convertidas em prisões preventivas.

"Entendo que os elementos de prova colhidos até o presente momento recomendam a decretação da prisão preventiva como forma de evitar que os flagrados, caso soltos e no exercício das funções, permaneçam agindo de modo reprovável, maculando a imagem do órgão público que integram", ressaltou a juíza em seu despacho.

A Procuradoria da República em Ponta Grossa acompanha a conclusão das investigações e o encerramento do inquérito decorrente do flagrante.

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