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O Rio de Janeiro não cumpriu nenhuma das metas ambietais estabelecidas para os Jogos Olímpicos, que começam em um mês. Os acordos foram assumidos pela Cidade Olímpica no dossiê de candidatura para sediar os Jogos.
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De acordo com uma reportagem da Folha de S.Paulo, o tratamento de esgoto na Baía de Guanabara não passou nem da metade do prometido, enquanto a lagoa de Jacarepaguá, que margeia o Parque Olímpico, segue fedida e assoreada. O plantio de de mudas na Mata Atlântica, uma tarefa fácil, também não foi feito. E a abertura da Lagoa Rodrigo de Freitas para banhistas segue como sonho.
No Dossiê de candidatura, o legado dos Jogos Olímpicos foi uma das principais apostas do Rio para sediar o evento, inédito na América do Sul. O abandono dos compromissos é justificado com a crise financeira.
As autoridades contam agora com a sorte para a cidade não ser surpreendida com o fenômeno que aconteceu em setembro do ano passado: fortes ventos atingiram a região da lagoa do Parque Olímpico, remexendo a matéria orgânica do fundo que fora formada ao longo dos 40 anos de ocupação sem saneamento básico. Com isso, gases tóxicos foram liberados, reduzindo o oxigênio e matando centenas e centenas de peixes. O cheiro do local ficou insuportável.
"A lagoa não é mais uma latrina. É um túmulo. Tem que rezar para que não chova, não vente, para que os gases não sejam eliminados do interior da lagoa e não gere uma mortandade de peixe na Olimpíada", comentou o biólogo Mário Moscateli.