Saraiva vai tentar tirar sócio de conselho por invasão à sede

Alguns dos fatos citados foram invasão à sede da Saraiva, durante o último feriado de Corpus Christi, para mexer em documentos nas salas dos diretores

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Economia Varejo 09/07/16 POR Estadao Conteudo

Em mais um caso de briga societária no mercado brasileiro, a varejista Saraiva convocou Assembleia-Geral Extraordinária para 25 de julho para discutir a retirada do acionista Mu Hak You, do fundo GWI, do cargo de conselheiro da companhia, além da destituição de Ana Recart do conselho fiscal. O encontro também buscará a autorização para abrir uma ação de responsabilidade sobre ambos.

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A Saraiva entrou com representação na Comissão de Valores Mobiliários (CVM) em junho para investigar indícios de violação de deveres fiduciários, abuso de direito de acionista e outras infrações pelos acionistas integrantes do GWI.

Alguns dos fatos citados foram invasão à sede da Saraiva, durante o último feriado de Corpus Christi, para mexer em documentos nas salas dos diretores, convocação de uma assembleia desnecessária e realização de negócios suspeitos no mercado de capitais.

No documento entregue à CVM, a Saraiva afirma que "Mu Hak You é um conhecido investidor, com histórico de atuação desastrosa do mercado de capitais brasileiro", citando prejuízos causados à Marfrig e à corretora Socopa. O GWI Asset Management detém hoje 28,72% do capital total da Saraiva.

A GWI divulgou nota, no última quarta-feira, negando a invasão à sede e dizendo que não tem interesse em reduzir o valor das ações da companhia. O fundo não quis se manifestar especificamente sobre a reunião.

Gestão

Depois de contratar dois executivos de mercado - Marcílio Pousada, hoje à frente da Raia Drogasil, e Michel Jacques Levy, ex-Microsoft -, a Saraiva voltou a ter gestão familiar quando Jorge Saraiva Neto reassumiu o cargo de diretor-presidente da companhia em novembro de 2014.

Desde então, a empresa passou por mudanças, entre elas a venda da Saraiva Educação para a Abril (hoje Somos Educação), em junho do ano passado, por R$ 725 milhões.

No primeiro trimestre, a empresa fechou perto do "zero a zero": teve lucro de R$ 266 mil, contra um prejuízo de R$ 9 milhões em igual período do ano passado. A receita da empresa somou R$ 505 milhões entre janeiro e março, alta de 1,2% em relação ao mesmo período de 2015. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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