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O soldado Victor Eric Braga Faria, de 26 anos foi morto na madrugada desta segunda-feira (11), depois que sua viatura ser atacada a tiros no Engenho Novo, Zona Norte do Rio. Ele havia trocado o plantão. De acordo com um colega de farda, lotado na Unidade de Polícia Pacificadora (UPP) Lins de Vasconcelos, o Policial Militar (PM) estaria de folga se não tivesse aceitado trocar substituir outro policial. O corpo de Eric está no Instituto Médico Legal (IML), segundo o Extra.
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"Um colega pediu para trocar. Então, ele trabalhou à noite e o outro policial, de dia", relatou Agnaldo dos Santos de Oliveira, cunhado da vítima.
Segundo ele, o rapaz tinha apenas quatro anos de profissão, mas já pensava em sair da PM:
"Ele vinha se queixando muito de toda essa violência. Chegava em casa estranho, se trancava no quarto. Já pensava até em procurar uma psicóloga. Só não tinha saído dessa profissão porque era o sustento dele, da mulher e do filho (de 3 anos)".
O cunhado desabafou ainda que o menino não tem ideia do que aconteceu com o pai.
"Ele é muito pequeno. Está com a avó materna. A gente é que está aqui sofrendo muito. Estamos dilacerados. Todo dia morre um PM e ninguém toma providência. O culpado não é o bandido, não. O culpado é o governo, que é conivente com essa situação".
Segundo a PM, o soldado e um outro colega estavam numa viatura e passavam pela Rua Barão do Bom Retiro, no trecho próximo ao Morro São João, por volta das 22h deste domingo, quando foram alvos de disparos. O carro bateu contra um poste. Eric foi atingido na cabeça e ainda chegou a ser levado para o Hospital Naval Marcílio Dias, mas não resistiu ao ferimento e morreu pouco depois da meia-noite. O outro PM levou um tiro no dedo.
"Foi coisa de um minuto. Os caras (atiradores) estavam escondidos no antigo zoológico. Já deviam estar esperando a viatura, que passa sempre por ali", contou um policial ao EXTRA, sem se identificar.
"Meu tudo, o que vai ser da minha vida sem você, meu irmão. Você vai me fazer muita falta", escreveu uma irmã da vítima nas redes sociais.
A morte do soldado está sendo investigada pela Divisão de Homicídios. A assessoria de imprensa da Polícia Civil informou, em nota, que uma "perícia detalhada foi realizada no local e investigação minuciosa foi iniciada para apurar as circunstâncias e a autoria dos disparos".
Eric entrou para a Polícia Militar para seguir os passos do pai. A informação é do primo Rafael Braga, de 29 anos. A polícia pede ajuda da população para identificar o assassino do soldado Eric. Quem tiver informações pode denunciar pelos seguintes canais: Whatsapp ou Telegram dos Procurados (21) 96802-1650; pelo Facebook (inbox): https://www.facebook.com/procurados.org/; ou pelo mesa de atendimento do Disque-Denúncia (21) 2253-1177.