© A. Angelich (NRAO/AUI/NSF)/ALMA (ESO/NAOJ/NRAO)
Os resultados deste estudo serão divulgados amanhã pela revista científica Nature, tendo sido obtidos graças ao conjunto de antenas do observatório ALMA (Atacama Large Millimeter/submillimeter Array), instalado no deserto de Atacama, no Chile.
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"As observações do ALMA foram uma surpresa para nós", avançou o diretor da investigação, Lucas Cieza.
As estrelas jovens estão frequentemente rodeadas de discos, mais conhecidos como discos protoplanetários, através dos quais nascem os planetas, disse o Observatório Europeu Austral (ESO) num comunicado.
Segundo o ESO, a ideia de que existe neve em órbita no espaço é fundamental para a formação de planetas, uma vez que a presença do gelo regula a eficácia do primeiro passo na sua formação.
A região dos discos que tem lugar nestas transições é conhecida como a "linha de neve", que marca o lugar em que a temperatura dentro do disco que rodeia uma estrela jovem é suficientemente baixa, para possibilitar a formação de neve.
Segundo o Observatório Europeu Austral (ESO), o brilho da estrela jovem V883 Orionis aumentou tão substancialmente que aqueceu a parte interna do disco fazendo com que a linha de neve de água surgisse a uma distância muito maior daquela que era esperada, rondando 6.000 milhões de quilómetros.
Inicialmente, os cientistas tinham tentado obter imagens da fragmentação do disco que levava à formação de um planeta, acabando por descobrir estas imagens, o que considera um passo "muito importante" já que é possível indicar que essas explosões estelares são "um evento comum" e acontecem "na maioria dos sistemas planetários".