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Violência, mortes e informações desencontradas marcaram a madrugada e a manhã de sábado (16), na Turquia, com o governo como alvo de uma tentativa de golpe militar. Segundo o presidente turco Recep Tayyip Erdogan, o ato foi organizado por “uma minoria do Exército”, afirmou.
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De acordo com a reportagem do jornal O Globo, o maior confronto foi na capital Ancara onde ao menos 265 pessoas morreram, cerca de 1.500 ficaram feridas e outras 2.000 foram detidas. De acordo com a agência de notícias turca, entre as vítimas estão, principalmente, policiais após o ataque aéreo ao quartel das forças especiais das Forças Armadas e vítimas civis num bombardeio ao Parlamento.
Segundo os militares rebeldes, as tradições seculares do país foram corroídas pelo governo de Erdogan, que tem adotado medidas autoritárias contra a liberdade de imprensa e perseguido jornalistas e juízes. A TV estatal chegou a ser tomada e os insurgentes afirmaram ter tomado o poder para proteger a ordem democrática e a manutenção dos direitos humanos.
Redes sociais como Facebook e Twitter, e sites como YouTube tiveram as operações suspensas durante a tentativa de golpe. “As Forças Armadas Turcas tomaram o controle do país para restaurar a ordem constitucional, direitos humanos e liberdades, o Estado de Direito e a segurança geral que foi danificada”, indicou o comunicado assinado pelo autoproclamado Conselho de Paz na Nação.
Porém, após horas de combates, o premier Binali Yildirim afirmou que a “tentativa idiota” de golpe de Estado fracassara e a situação estava “amplamente sob controle”, com Erdogan no comando. O presidente chegou à cidade e realizou um discurso no Aeroporto de Atatürk, informando que militares envolvidos na quartelada já estavam sendo presos.
"Essa tentativa de golpe foi um ato de traição realizado por uma minoria dentro das Forças Armadas" afirmou o presidente Recep Tayyip Erdogan, que prometeu usar a ocasião para realizar o que chamou de “faxina” no Exército turco.