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O presidente da Turquia Recep Tayyip Erdogan não se relaciona muito bem com a mídia independente do país, que foge ao controle do Estado. Ele já bloqueou redes sociais, fechou jornais e TVs e seu governo é um dos recordistas em prender jornalistas no planeta. No entanto, na tentativa de golpe militar ocorrida na sexta-feira (15), Erdogan recorreu às comunicações modernas para levar sua mensagem mais rapidamente a uma população de quase 80 milhões de pessoas.
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Usando o aplicativo de chamada em vídeo FaceTime para se conectar ao telefone de um jornalista da CNN Turk, o presidente afirmou:
“Isto é uma revolta dentro das Forças Armadas. Vamos nos reunir como uma nação nas praças. Acho que vamos acabar com essa ocupação em pouco tempo. Peço à nossa gente que saia às ruas e dê a resposta que é necessária. Eu estou no poder. Aqueles que tentaram o golpe pagarão um preço alto”, disse Erdogan em vídeo.
A estratégia de falar ao vivo funcionou para Erdogan, já que milhares de turcos atenderam à convocação e saíram às ruas, muitos deles com bandeiras do país, informa a Folha de S. Paulo.
As redes sociais ainda foram usadas pelo premier Binali Yildirim, que20 minutos após o início do golpe, afirmou no Twitter que o alto comando militar não era conivente com a revolta.