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O novo presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), que assume o mandato tampão até fevereiro do ano que vem, quer deixar as obras de expansão da Casa, idealizadas pelo antecessor Eduardo Cunha (PMDB-RJ), para o próximo deputado que assumir o cargo.
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Ele fez a afirmação na tarde desta terça-feira (19) ao primeiro-secretário da Casa, Beto Mansur (PRB-SP), que é responsável por tocar a obra.
"Expliquei para ele o andamento da obra. Estamos na fase de sondagem do solo. Ainda precisamos aprovar o projeto no GDF. Já está tudo em andamento. Não pode parar. Mas ele disse: Vamos deixar para o próximo presidente", contou Mansur.
O deputado destaca, contudo, que ainda que houvesse pressa, os trâmites burocráticos dificilmente permitiriam que as obras de fato tivessem início esse ano. "Terminada a sondagem, temos que informar o GDF, fazer audiência pública. Leva tempo. Não vamos construir neste ano".
Em 23 de junho, Beto Mansur, que então já se colocava como candidato à Presidência da Câmara, embora Cunha ainda não tivesse renunciado ao cargo -no fim das contas, em acordo com Rogério Rosso (PSD-DF), ele acabou desistindo da disputa-, lançou a primeira etapa das obras do anexo IV-B.
Foram feitas seis perfuração no solo para estudo da estrutura. Com base nisso, será avaliada a qualidade do terreno, a necessidade de modificações no projeto e os materiais que serão usados na obra, explicou o deputado. Após essa fase, a intenção era lançar o edital de licitação para captar interessados em tocar o projeto.
A ampliação da Câmara é um dos principais temas de campanha da Câmara e foi uma das bandeiras que ajudou a eleger Cunha no ano passado.Após inúmeras críticas e o apelido de "parlashopping", contudo, a proposta inicial de abrigar lojas e restaurantes foi simplificada. O novo prédio abrigará 122 novos gabinetes, auditório, restaurante, além de seis andares de estacionamento subterrâneo.
A primeira ideia da Mesa Diretora era fazer uma PPP (Parceria Público Privada) para colocar a obra em pé. Com a crise financeira, avalia Beto Mansur, não houve interessados.
A Casa decidiu, assim, utilizar orçamento próprio, advindo da venda da administração da folha de pagamento dos funcionários para o Banco do Brasil e a Caixa Econômica. Estima-se que haja em caixa cerca de R$ 400 milhões. A obra deve custar, prevê Mansur, cerca de R$ 320 milhões. Com informações da Folhapress.