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O governo brasileiro precisa centrar esforços em superar os desafios de implementação das medidas de ajuste fiscal, avalia o diretor para o departamento de Hemisfério Ocidental do Fundo Monetário Internacional (FMI), Alejandro Werner, nesta quarta-feira, 20, em um relatório sobre a América Latina.
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O governo do presidente em exercício Michel Temer, ressalta Werner, traçou um plano de ajuste para melhorar as contas públicas e reduzir as pressões de gastos insustentáveis no médio prazo. "Os mercados têm visto com muito bons olhos a estratégia de consolidação", afirma o diretor do FMI. O Fundo nota que os índices de confiança de empresários, consumidores e investidores começaram a dar sinais de melhora e devem ajudar na recuperação do país.
Werner ressalta que a economia brasileira deve atingir o fundo do poço este ano, para voltar a crescer em 2017. A previsão do FMI é que o Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil vai encolher 3,3% este ano e crescer 0,5% no ano que vem. "O PIB seguiu se contraindo no primeiro trimestre, mas menos do que o previsto, o que permite pensar que a contração esperada para 2016 será menos drástica do que imaginado."
O economista chama atenção para o fato de que o elevado desemprego no Brasil pode ser um fator a impedir um aumento maior da demanda doméstica. A taxa de desemprego chegou em 11,2% em junho, com 11,4 milhões de pessoas sem emprego.
Por causa da recessão este ano no Brasil, a América do Sul será a região da América Latina com pior desempenho, encolhendo 1,9%. Excluindo os países com crescimento negativo na região, a expansão ficaria em 2,5%. A América Central deve avançar 4,1% e o Caribe, 3,4%.
Com informações de Estadão Conteúdo