Prévia da inflação acelera em julho com 'feijão com arroz' mais caro

Índice foi de 0,54%, economistas esperavam índice de 0,45%

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Economia Disparos 21/07/16 POR Folhapress

Com pressão dos preços de alimentos e bebidas, a prévia da inflação acelerou mais do que o previsto pelo mercado na passagem de junho para julho, segundo dados divulgados pelo IBGE nesta quinta-feira (21).

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O IPCA-15 foi de 0,54% em julho, acima do registrado em junho (0,40%), mas abaixo do mesmo mês do ano passado (0,59%). No acumulado em 12 meses, o índice ficou em 8,93%, próximo dos 8,98% registrados nos 12 meses imediatamente anteriores.

Economistas consultados pela agência Bloomberg esperavam índice de 0,45% para julho. No ano, a prévia da inflação acumula 5,19%, bem abaixo dos 6,90% do primeiro semestre do ano anterior.

Vale lembrar que o IPCA-15 segue a metodologia do IPCA, a inflação oficial. O que diferencia as duas pesquisas é o período de coleta. O IPCA-15 considera a variação de preços até meados do mês.

'FEIJÃO COM ARROZ'

O grupo de alimentação e bebidas foi o principal responsável pela aceleração do IPCA-15. Os preços desse grupo subiram 1,45% em julho -a maior alta para esse mês desde 2008, quando chegou a 1,75%. Em junho, o aumento foi de 0,35%.

Prato típico da mesa do brasileiro, o "feijão com arroz" ficou bem mais caro em julho. Ainda vilão, o feijão-carioca, cujos preços subiram, em média, 58%, foi, isoladamente, o item que exerceu o maior impacto no índice de julho, com 0,18 ponto percentual. No mês anterior, a alta havia sido de 16,38%.

Os demais tipos de feijão também apresentaram aumentos significativos nos preços. O mulatinho passou a custar, em média, 45,6% a mais, enquanto o preto ficou 34,2% mais caro e o fradinho subiu 11,8%.

Já o preço do arroz subiu 3,36%, e o leite, alimento com participação importante na despesa das famílias, ficou 15,54% mais caro.

EM BAIXA

Ao contrário do grupo de alimentação e bebidas, no entanto, a maioria dos demais grupos de produtos e serviços pesquisados apresentou desaceleração na taxa de crescimento de junho para julho.

As maiores quedas foram em habitação -de 1,13% em junho para 0,04% em julho- e saúde e cuidados pessoais (de 1,03% para 0,56%).

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