© Reprodução / Facebook Eduardo Suplicy 
O ex-senador e candidato a vereador em São Paulo Eduardo Suplicy (PT) chamou de "inaceitável" e "truculenta" sua detenção, na manhã desta segunda (25), pela Polícia Militar, comandada pela gestão Alckmin (PSDB), em reintegração de posse na capital paulista.
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"A truculência da Polícia Militar do governo Alckmin é inaceitável. Se fazem isso com um ex-senador da República, imagine o que sofre a população que tanto precisa de apoio", disse o petista em sua página em uma rede social.
Suplicy foi detido em protesto contra a reintegração de posse de um terreno de 11 mil m² da prefeitura no Jardim Raposo Tavares, zona oeste de São Paulo, que começou por volta das 5h. Ele foi levado ao 75º DP para prestar depoimento.
O terreno pertence ao município e, segundo a gestão Fernando Haddad (PT), a área apresenta risco elevado de desabamento, o que inviabiliza construção de moradia popular. Segundo a prefeitura, a Defesa Civil do município estudou a possibilidade de retirar apenas parte dos barracos, mas concluiu que isso colocaria os demais barracos em risco, por causa da fragilidade estrutural do conjunto.
Segundo o grupo, as famílias não têm para onde ir nem receberam ajuda da prefeitura. Famílias protestavam no local desde a chegada da PM, pela madrugada. Os manifestantes fizeram barricadas e atearam fogo durante a manifestação na rua José Porfírio de Souza para tentar impedir a chegada do oficial de Justiça. Eles também obrigaram o motorista e o cobrador de um ônibus a desembarcarem e cruzaram o veículo na rua.
Por volta das 8h, a tropa de Choque chegou ao local para retirar as famílias. Segundo a PM, os moradores atearam fogo em um ônibus e atiraram pedras e pedaços de paus contra a polícia. Os policiais revidaram com bombas de gás lacrimogêneo e de efeito moral. O incêndio no ônibus foi controlado rapidamente, segundo a polícia.
A tropa de Choque lançou bombas de gás lacrimogêneo e de efeito moral para dispersar o grupo.
Após o tumulto, uma retroescavadeira foi usada para retirar a barricada feito pelos moradores na via.
Além da Polícia Militar, o Corpo de Bombeiros também acompanha a reintegração de posse do terreno.
Devido ao protesto ao menos cinco linhas de ônibus, segundo a SPTrans (empresa responsável pelo transporte público municipal), não estão circulam na região. Os moradores têm que andar até o km 17 da rodovia Raposo Tavares para pegar um coletivo.
Segundo os manifestantes, 350 famílias foram cadastradas pela subprefeitura do Butantã em 2013, mas este número aumentou para cerca de 450. Os sem-teto reclamam que já fizeram várias reuniões com a subprefeitura, proprietária do terreno de mais de 11 mil metros quadrados, mas não conseguiram entrar em um acordo. Com informações da Folhapress.
Veja a publicação de Suplicy: