Inquérito confirma assassinato de 347 xiitas pelo exército nigeriano

"O exército nigeriano utilizou uma força excessiva", refere o relatório

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Mundo Comissão 01/08/16 POR Notícias Ao Minuto

Uma comissão pública de inquérito confirmou nesta segunda-feira (1º) que o exército nigeriano matou 347 membros de uma confraria xiita no decurso de uma manifestação em dezembro.

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Este massacre, denunciado por diversos políticos locais e pela Amnistia Internacional (AI), que solicitou a realização de um inquérito independente, foi sempre negado pelo exército nigeriano.

Entre 12 e 14 de dezembro ocorreram confrontos em Zaria, bastião do Movimento islâmico da Nigéria (IMN), um grupo xiita que defende a instauração de um regime inspirado no Irã no Estado de Kaduna (norte), e que coincidiram com a visita à região do general do exército Tukur Yusuf Buratai.

"O exército nigeriano utilizou uma força excessiva", refere o relatório publicado pela comissão designada pelo Governo, acrescentando que um soldado também foi morto, e desencadeando os dois dias de revolta.

"Dos 349 mortos, [excetuando o soldado morto e um membro do IMN que morreu sob detenção], foram enterradas numa fossa comum 347 pessoas", prossegue o relatório enviado à agência noticiosa France-Presse.

A comissão de inquérito pede a justiça para que identifique e persiga judicialmente os responsáveis, ao aludir às declarações das organizações de direitos humanos que se pronunciaram sobre este massacre.

Em abril a AI tinha já acusado o exército de ter assassinado mais de 350 muçulmanos xiitas (uma minoria no país), de ter enterrado os cadáveres numa fossa comum e de ter destruído as provas.

Frequentemente acusado de abusos contra civis, o exército nigeriano mantém que as suas tropas reagiram de forma apropriada contra "inimigos criminosos do Estado" e nega as acusações de massacre.

A hierarquia militar nigeriana assegura ainda que o IMN tentou assassinar o general Buratai, acusação rejeitada pela organização xiita.

O chefe do IMN, Ibrahim Zakzaky, detido no passado por várias vezes, está de novo sob prisão. Ferido após os confrontos com o exército, perdeu um olho e está praticamente paralisado.

Centenas de apoiantes do IMN ainda estão considerados desaparecidos, possivelmente mortos, e cerca de 12 poderão ser condenados à morte por conspiração contra o Estado e por terem morto um membro do exército.

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