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O governo turco assumiu o controle de fábricas e estaleiros navais militares, em uma nova fase do expurgo promovido pelo presidente Recep Tayyip Erdogan após a tentativa frustrada de golpe em julho.
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A medida foi anunciada nesta terça-feira (2) pelo primeiro-ministro turco, Binali Yildirim. Em discurso aos seus correligionários do AKP no Parlamento, ele também afirmou que a reestruturação das Forças Armadas turcas não irá enfraquecer os militares e enfoca atividades essenciais para a segurança nacional.
Também nesta terça, segundo a imprensa local, as autoridades turcas emitiram ordens de detenção contra cem funcionários de um hospital militar da capital, Ancara.
EXPURGO
A estrutura militar foi a principal atingida pelo expurgo promovido pelo presidente turco após a tentativa de golpe. Dentre eles, foram 1.684 oficiais de todas as patentes expulsos das Forças Armadas.
Erdogan ainda demitiu 70 mil funcionários públicos, a maioria do Ministério da Educação, cancelou os passaportes de 49 mil pessoas, fechou 131 meios de comunicação e prendeu 89 jornalistas.
Todos eles são acusados de ligação com Hizmet, movimento ligado ao líder religioso Fetullah Gülen, considerado por Erdogan o comandante do golpe contra ele. O clérigo, que mora nos EUA, nega qualquer envolvimento. Com informações da Folhapress.