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A jornalista Patrícia Lelis, de 22 anos, pode passar a ser investigada por falsa comunicação de crime e extorsão depois da divulgação de vídeos de câmera de segurança em que ela aparece junto a Talma Bauer, chefe de gabinete do deputado federal Marco Feliciano. Segundo informações do G1, as imagens foram gravadas entre o fim de julho e o início deste mês.
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Patrícia acusa Bauer de mantê-la em cárcere privado num quarto do Hotel San Rafael, no Centro de São Paulo, a fim de obrigá-la a desistir de denunciar uma tentativa de estupro cometida pelo deputado em 15 de junho. Ela registrou boletim de ocorrência contra o assessor na última sexta (5). Por ter foro privilegiado, Feliciano não é investigado pela polícia paulista.
Nas imagens de circuito de segurança, a jovem aparece abraçada a Bauer no saguão do hotel. Em outra filmagem, ela aparece abraçada a um jovem na área comum do estabelecimento. O assessor do deputado está ao lado dos dois, falando no celular.
O delegado responsável pelo caso, Luís Roberto Hellmeister, disse na última quarta (10) que mudou a linha de investigação do caso. "Ela passa a ser investigada. Ela mentiu para burro aqui", afirmou.
Bauer chegou a ser detido na sexta (5) e foi liberado horas depois. Ao sair, o chefe de gabinete disse que tinha prestado esclarecimentos "sobre uma menina que veio fazer uma falsa comunicação de fatos".
Em depoimento à Polícia Civil, a jornalista disse que Talma Bauer teria dito que se ela não voltasse atrás nas denúncias sobre o deputado Feliciano, poderia ocorrer um "mal maior" com ela. Ele estaria armado durante a conversa.
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