Alerta: a importância de exames antes de tomar anticoncepcionais

Mais de 90% dos casos de trombose cerebral, as mulheres não sabem que têm predisposição genética à doença

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Lifestyle Imunologista 12/08/16 POR Notícias Ao Minuto

Após mais um caso de trombose cerebral relacionada ao uso de anticoncepcional, o imunologista Dr. Ricardo Oliveira defende a realização dos testes que detectam a predisposição à doença antes da prescrição de contraceptivos O caso da universitária de Botucatu que sofreu uma trombose cerebral por causa de anticoncepcional reacendeu o debate sobre a falta de informação dos riscos relacionados a esses medicamentos. Mulheres que passaram pelo problema relatam nas redes sociais que não foram alertadas. A pílula à base do hormônio drospirenona não é indicada àquelas com propensão à trombofilia. O problema é que, em mais de 90% dos casos, as mulheres não sabem que têm predisposição genética à doença.

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Para evitar esses efeitos adversos, o imunologista Ricardo de Oliveira, diretor médico do RDO Diagnósticos Médicos e um dos pioneiros no estudo de trombofilias no país, defende a exigência do exame que mostra com precisão as mutações genéticas que predispõem à doença. “Toda adolescente deveria fazer o exame, para que o médico tivesse um diagnóstico preciso ao prescrever o tipo correto de anticoncepcional sem riscos a paciente”, afirma o diretor médico do RDO, que tem um histórico de mais de 20.000 exames realizados.

O exame, feito a partir de uma amostra de sangue, é importante para todas as fases da vida da mulher: puberdade, gravidez e menopausa. Ele fornece informação que, além de orientar na escolha do anticoncepcional, auxilia na investigação de problemas de infertilidade e na decisão de se fazer ou não reposição hormonal, por exemplo.

O que é? 

A trombofilia é uma propensão a desenvolver coágulos no sangue, que pode causar trombose nas veias, embolia pulmonar, trombose cerebral, e infarto. Está relacionada também às causas de infertilidade, como abortos de repetição.

Obesidade, tabagismo, pressão alta, diabetes e uso de anticoncepcionais são considerados fatores de risco da doença, que acomete 20% das mulheres. Segundo o imunologista do RDO, aproximadamente 90% das pessoas tratadas conseguem evitar os problemas. Para a investigação e tratamento da trombofilia, o RDO criou o “painel de trombofilias” - um grupo de exames voltados para investigação do risco relacionado às doenças trombogênicas herdadas ou adquiridas.

Leia Também: Disfunção sexual em mulheres afeta mais que incontinência urinária

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