© Marko Djurica/Reuters
Afobado, o Brasil não conseguiu ganhar no primeiro tempo da seleção de Angola, a surpresa da competição feminina de handebol na Rio-2016 até aqui.
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Empatou por 13 a 13 nos primeiros 30 minutos. Mas, no intervalo, se transformou e conseguiu fechar o jogo em 28 a 24.
Nas palavras de Duda Amorim, 29, uma das principais jogadoras da seleção, a transformação ocorreu porque a seleção, no segundo tempo, "deixou o estresse, encontrou sua alegria, sua identidade e conseguiu a vitória".
No primeiro tempo, segundo Duda, faltou confiança por parte das jogadoras brasileiras, ainda assustadas com a derrota que haviam sofrido da Espanha na partida anterior.
"No intervalo conversamos e resolvemos jogar mais simples no segundo para vencer a defesa delas, que nos criou problemas no primeiro tempo por marcar muito a bola", afirmou.
O Brasil, segundo a jogadora Jessica Quintino, 25, soube também se impor na defesa. "Esta foi a chave para ganharmos a partida", disse.
Com a vitória, o Brasil está classificado para as quarta de final do torneio olímpico, que será realizada na terça-feira (15). Em quatro jogos, foram três vitórias (Noruega, Romênia e Angola) e a derrota para as espanholas.
Apenas depois do final da rodada de hoje e das partidas de domingo, em que o Brasil enfrenta a seleção de Montenegro, às 9h30, todos os cruzamentos serão conhecidos.
"O que ocorreu entre o primeiro e o segundo tempo nem eu sei direito", brincou o treinador do Brasil Morten Soubak. "Talvez o nosso primeiro tempo tenha sido o pior até agora em termos de erros técnicos, motivados pela forte marcação da seleção de Angola."
Do lado dos derrotados, a diferença entre o primeiro e o segundo tempo também foi lamentada pelo treinador de Angola. "Na primeira parte, nosso nível de concentração esteve alto. Mas no segundo, o time acabou sendo desastroso e o Brasil melhorou sua defesa", disse Filipe Cruz, logo após o jogo.
Segundo Cruz, a Angola segue nessa competição com o objetivo de fazer história. "Para nós, isso significa passar para a próxima fase da competição".
O único time africano no torneio feminino de handebol tem duas derrotas e duas vitórias. No domingo, pela última rodada da fase de classificação, as africanas enfrentam a habilidosa seleção da Espanha. Com informações da Folhapress.