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Quem vê as atletas nos pódios dos Jogos Olímpicos Rio 2016 pode não imaginar mas, para serem as melhores no que fazem, enfrentaram obstáculos que vão além dos desafios trazidos pelo próprio esporte.
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Depressão, abandono familiar, racismo, suor e lágrimas marcam as trajetórias de algumas das mulheres que já garantiram medalha nesta 31ª edição dos Jogos Olímpicos da Era Moderna.
Conheça as histórias de três delas:
Primeira medalhista de ouro do Brasil nesta edição dos Jogos, a judoca Rafaela Silva, de 24 anos, emocionou a todos ao cair no choro após a vitória contra a atleta Dorjsürengiin Sumiya, da Mongólia, na final na categoria até 57 quilos no último dia 8.
Os movimentos feitos pela ginasta norte-americana Simone Biles beiram a perfeição e deixaram plateia e atletas de outros países de queixo caído. Com seus 1,45 metros de altura, a menina de 19 anos chegou ao seu segundo ouro ao vencer a final individual feminina da ginástica olímpica contra a compatriota Alexandra Raisman.
A atleta já havia conquistado o título por equipe pelos Estados Unidos na última terça (9). As medalhas olímpicas são as primeiras de uma carreira de tantos títulos que fazem Bile parecer uma veterana.
Ela ostenta nada menos que 17 medalhas em campeonatos nacionais e 14 medalhas em campeonatos mundiais.
Ao colocar no peito a medalha conquistada na Rio 2016, Mayra Aguiar também entrava para história do país por ser a primeira mulher a ganhar mais de uma medalha de bronze em Olimpíadas.
Quatro anos antes, em Londres, Mayra ainda se recuperava do fim do sonho pelo ouro quando foi para a disputa pelo bronze sentindo muitas dores físicas. O golpe que deu a vitória a Mayra fez o braço da atleta estalar. Mesmo assim, conseguiu trazer o bronze para casa.
Manteve-se entre as melhores do mundo, mas as lesões tornaram-se duras adversárias e levaram Mayra a se submeter a diversas cirurgias.
Logo depois da Olimpíada de Londres, passou por uma cirurgia para corrigir um problema no ombro. Recuperou-se a tempo de participar e levar o título no Mundial de 2013.
Em seguida, foi submetida a mais duas cirurgias: no joelho direito e no cotovelo esquerdo.
Apesar das diversas intervenções cirúrgicas e períodos sem treinar por causa da recuperação, Mayra chegou à Olimpíada Rio 2016 como uma das esperanças de medalha para o Brasil.
Diante de uma torcida empolgada, a atleta viu o drama de Londres se repetir. Perdeu a semifinal para a francesa Audrey Tcheuméo e pouco tempo depois já voltava ao tatame para lutar pelo bronze contra a cubana Yalennis Castillo na categoria até 78 kg .
Assumindo uma postura agressiva, ela conseguiu um yuko, que a deixou em vantagem na luta. A estratégia da brasileira foi não recuar para defender o placar favorável.
“A hora em que consegui a pontuação, sabia que se ela sentisse que eu tinha parado, ela viria muito para cima. É uma atleta muito agressiva, já foi vice-campeã olímpica, e sabe o valor de uma medalha. Então, ela daria tudo ali. Na minha cabeça, eu não poderia parar de lutar, eu teria que continuar agressiva, lutando. Pus na minha cabeça que ela não tiraria essa medalha de mim”. Com informações da Agência Brasil.