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Onze pessoas, incluindo um elemento dos Médicos Sem Fronteiras (MSF), foram mortas e 19 ficaram feridas num ataque aéreo que atingiu um hospital em Abs, no Iémen, nesta segunda-feira (15), anunciou a organização humanitária.
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"A explosão matou de imediato nove pessoas e duas outras acabaram por morrer quando foram transferidas" para um outro hospital, indicou em comunicado a organização MSF.
Antes, os rebeldes iemenitas tinham anunciado que o bombardeio fez seis mortos e 20 feridos, atribuindo o ataque à aviação da coligação árabe aliada do poder. O investida ocorreu numa região controlada pelos rebeldes no norte do país.
Os Estados Unidos manifestaram a sua preocupação depois de ter sido anunciado o bombardeio do hospital onde a MSF tem uma equipe, mas sem condenarem explicitamente a coligação árabe liderada pela Arábia Saudita.
"Estamos profundamente preocupados com as informações sobre uma acometida a um hospital no norte do Iémen (...). Os ataques a infraestruturas humanitárias, nomeadamente hospitais, são inquietantes", afirmou a porta-voz do Departamento de Estado Elizabeth Trudeau, que rechaçou "todas as partes a cessarem imediatamente as hostilidades".
Questionada sobre uma eventual responsabilidade da coligação no ocorrido, a diplomata limitou-se a dizer que os Estados Unidos permanecem em contato com os sauditas.
Washington tem apoiado a coligação liderada por Riade, desde o início do conflito, em março de 2015, vendendo equipamentos de defesa à Arábia Saudita.
A coligação árabe tem intensificado os ataques a posições dos rebeldes desde o fim das conversações de paz no Kuwait, no passado dia 06 de agosto.