© Murad Sezer/Reuters
As três medalhas de Isaquias Queiroz o transformaram quase que instantaneamente no novo fenômeno brasileiro.
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Após as conquistas, com o pódio garantido, ele virou o primeiro brasileiro na história a conseguir três medalhas em uma mesma edição da Olimpíada, segundo informações da ESPN.
Porém, a trajetória de Isaquias é cercada de histórias curiosas, ora engraçadas, ora tristes.
Lucas, irmão mais novo do campeão, por exemplo, conta uma delas. "Tinha a quermesse da nossa cidade, a festa junina, aí ele me chamou. E começamos a roubar as merendas lá, tinha amendoim, milho cozinho, a gente levava tudo de lá para a quadra".
A mãe, Dona Dilma, também guarda boas história sobre o rapaz. "Uma vez cheguei do trabalho, ele estava em casa sem trabalhar. Olhei e logo vi, perguntei: 'Eu não tenho condição de te dar essa bota, quem lhe deu isso?' Ele disse: 'Um amigo'. Respondi: 'Que um amigo o que, não quero que pegue nada de ninguém sem precisar', ele com uma bota bonita daquelas. Falou que foi o amigo. Ameacei dar duas 'molecas', aí o rapaz veio e disse que deu para ele brincar. Falei para ele: 'Filho, um dia você não vai precisar pegar dos outros e vai ter do bom e do melhor'. E hoje ele me ajuda bastante, conseguiu".
Jackson Cristiano, radialista de Ubaitaba, cidade de Isaquias, contou que ele já foi confundido com 'vagabundo'. "Uma vez Isaquias estava aqui em Ubaitaba, que ele aqui anda de boa na rua, entendeu, tranquilão mesmo, que ele é muito humilde. Aí, ele estava passando na frente do banco e tinha um policial que não era no daqui da cidade, um tenente. Aí, Isaquias passou do jeito dele, sem camisa, mostrando as tatuagens, né, e o policial já foi olhando pra ele assim, tipo, já achando que era um vagabundo e ia enquadrar, entendeu? Aí, eu disse, ei, esse aí não é vagabundo, não, viu, esse aí é Isaquias, pô, é campeão mundial e filho da cidade aqui", contou.
O atleta conquistou as três medalhas nas provas C1 200m (bronze) e C1 1.000m e C2 1.000m (ambas prata).