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O momento de crise política pelo qual o Brasil atravessa parece não ter sido problema para que eleitores se filiassem a partidos políticos, que, no mês passado, atingiu a maior taxa dos últimos 14 anos de (11,3%).
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Mas há uma explicação para isso. De acordo com O Globo, as eleições municipais tendem a ser um excelente momento para ampliar o número de filiados. Com exceção de 2010, todos os anos de disputas municipais apontaram crescimento acima da média no total de filiados.
A legislação brasileira obriga candidatos a serem vinculados às legendas se quiserem concorrer nas disputas. Em relação as eleições municipais, os partidos atuam para ampliar sua base de filiados, uma vez que existe também um maior volume de cargos em disputa, principalmente para as Câmaras de Vereadores. Já os candidatos mobilizam novos filiados até a convenção partidária com o objetivo de ganhar força política dentro das siglas. Nesse cenário, em julho, o total de filiados chegou a 16,5 milhões de eleitores.
Segundo dados organizados a partir dos arquivos do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), o período de 2002 a 2016 foi ruim para PMDB. O partido vem perdendo participação no total de eleitores filiados no território nacional. Em 2016, ela variou de 20% para 14,5%.
Em contramão, o PT ampliou sua participação, mesmo registrando queda entre 2015 e 2016. Sem considerar PT, PMDB, DEM, PDT e PSDB, o conjunto das demais legendas conseguiu aumentar a participação no total de filiados de 45% em 2002 para 53% este ano.
A distribuição por estados aponta que a maior variação de 2016 em relação a 2002 no volume de novos filiados (considerando todos os partidos) ocorreu nas regiões Norte e parte do Centro Oeste, tendo no Sudeste um crescimento de menor intensidade.
PMDB e DEM tiveram perdas no Sudeste, enquanto o PT cresceu em quase todos os estados. O PSDB conseguiu aumentar sua base, mas em menor intensidade no Nordeste e parte do Sudeste.