© Remo Casilli/Reuters
Os italianos foram arrancados da cama na manhã desta quarta-feira (24) com a repetição de um pesadelo antigo. Há pouco mais de sete anos, em 6 de abril de 2009, um terremoto ocorrido às 3h32 da madrugada chacoalhou a província de Áquila, região central do país, e matou 309 pessoas.
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Desta vez, o tremor surgiu quatro minutos mais tarde, porém atingiu a mesma região que ainda luta para completar seu processo de reconstrução. O sismo desta quarta teve seu epicentro a 2 km de Accumoli, que fica a apenas 60 km da cidade de Áquila, capital da província homônima, e matou cerca de 40 pessoas, mas com um balanço destinado a subir nas próximas horas.
O terremoto de Áquila teve 6,3 graus (o desta quarta foi de 6) e provocou uma ferida que ainda está aberta no coração da Itália.
Além dos 309 mortos, foram mais de 1,6 mil feridos e aproximadamente 80 mil desalojados.
A periferia da cidade já foi restaurada, mas o centro histórico ainda convive com canteiros de obras, acelerados após a injeção de 6 bilhões de euros pelo governo do primeiro-ministro Matteo Renzi. O problema é que Áquila enfrenta um êxodo de moradores nos últimos anos, inclusive por conta do caos provocado pelos trabalhos de reconstrução.
Assim como as zonas atingidas nesta quarta-feira, a província fica em uma área de intensa atividade tectônica e já foi alvo de diversos sismos que moldaram sua estrutura urbana atual, compacta e com edifícios de altura modesta.
Em 1915, um tremor sacudiu Marsica, na região vizinha de Abruzzos, e matou mais de 30 mil pessoas. Desde então, outros terremotos afetaram a zona central da Itália, mas nenhum tão grave quanto o de Áquila.
Já o sul foi palco de sismos devastadores no século passado, como o que matou 1,4 mil pessoas em Campânia e Basilicata em 1930 e o que fez 2,9 mil vítimas nas mesmas regiões em 1980, o mais grave no país desde o fim da Segunda Guerra Mundial. (ANSA)