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A revista Nature publicou um estudo recentemente afrimando que o mundo habitável mais próximo da Terra pode estar na nossa vizinhança espacial.
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Segundo cientistas da Universidade Queen Mary de Londres, no Reino Unido, a estrela mais próxima de nosso sistema solar, a Proxima Centauri, é orbitada por um planeta do tamanho da Terra, o Proxima b.
"Acredito que essa seja a descoberta mais importante possível de um exoplaneta", diz Carole Haswell, pesquisadora da Open University, em referência ao nome dado a mundos existentes fora do nosso sistema solar. "O que poderia superar um planeta habitável que orbita a estrela mais próxima do Sol?"
Entenda a seguir o que torna este achado tão significativo, segundo o IG:
- Proxima b é um vizinho
Em escala espacial, esse planeta está a apenas 4 anos-luz de distância. Ele estava "escondido" bem embaixo de nossos narizes, orbitando a estrela mais próxima ao nosso sistema solar, Proxima Centauri.
- É um planeta semelhante ao nosso
Proxima b tem dimensões bem parecidas com a do nosso mundo. Cientistas acreditam que, como a Terra, ele é planeta sólido e rochoso.
- A probabilidade de água líquida
O planeta se move a 7,3 milhões de quilômetros de sua estrela, uma distância menor do que a da Terra para o Sol, de 149 milhões de km.
Mas Proxima Centauri é uma estrela-anã vermelha, bem menor e mais fria do que o nosso Sol. O Proxima b, então, acaba recebendo 70% do fluxo de energia que normalmente atinge a Terra.
Nessas condições, o planeta não é quente ou frio demais para que exista água em estado líquido em sua superfície. Se houver água, também pode haver vida nele.
- A radiação é um problema
Proxima b orbita um tipo de estrela muito ativa, que emite uma forte radiação por meio de explosões, o que torna um desafio qualquer coisa que sobreviva em sua superfície. Alguns cientistas, porém, acreditam que esse fator não elimina a possibilidade de o planeta abrigar vida.
- Chegar lá ainda é impossível
Apesar da proximidade, levaríamos, com a tecnologia atual, milhares de anos para percorrer os 40 trilhões de quilômetros que nos separam dele.
Ainda assim, a descoberta continua sendo um atraente objeto de estudo para a ciência. "Claro, ir até lá atualmente é ficção científica", diz Guillem Anglada-Escudé, integrante da equipe que revelou a existência do Proxima b.