© Andres Stapff/Reuters
Jihad Ahmed Diyab, um dos seis ex-detentos de Guantánamo acolhidos pelo Uruguai que estava sendo procurado no Brasil e foi achado na Venezuela recentemente, foi enviado de volta a Montevidéu.
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Segundo o jornal uruguaio "El Observador", ele passa bem após ter dado início a uma greve de fome para protestar contra as condições as quais foi submetido na Venezuela. Detido pela Inteligência local, ele ficou incomunicável e sem acesso a uma defesa legal.
Descontente com as condições no Uruguai, ele havia fugido para a Venezuela, passando pelo Brasil, onde assustou as forças de segurança, especialmente diante da proximidade dos Jogos Olímpicos.
O medo era que ele se vinculasse a alguma célula terrorista pois, antes de ser enviado a Guantánamo, atuava como recrutador do al-Qaeda. Após retornar ao Uruguai, será iniciado um diálogo para definir seu futuro. Ele pretende viajar para a Turquia, onde tem familiares, e por isso fugiu do Uruguai.
Diyab, de 44 anos, nasceu no Líbano de pai sírio e mãe argentina e há alguns meses já havia tentado entrar no território brasileiro, sem conseguir. De acordo com jornais uruguaios, ele é o mais "rebelde" dos seis ex-detentos acolhidos pelo governo do então presidente José Mujica em dezembro de 2014. Ele já chegou a acusar o Uruguai de não ter cumprido o que havia sido prometido ao recebê-lo e desaconselhou outros prisioneiros de Guantánamo a se mudarem para o país. (ANSA)