Aécio diz que Dilma venceu cometendo ilegalidades

Presidente afastada afirmou que seandor tucano a acusou "sistematicamente" após o pleito

© Pedro França/Agência Senado

Política IMPEACHMENT 29/08/16 POR Folhapress

Após o almoço, a sessão do impeachment da presidente afastada, Dilma Rousseff, foi retomara pelo presidente do STF, Ricardo Lewandowski, com a pergunta do senador Aécio Neves (PSDB-MG). "Não poderia imaginar que depois do debate nos encontraríamos no Senado Federal nesta posição", afirmou o senador, antes de dizer que não agia com alegria nesta função.

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Aécio destacou trechos do discurso inicial de Dilma e disse que "não é desonra alguma perder eleições, sobretudo quando se defende ideias e se cumpre a lei. Eu não diria o mesmo quando se vence as eleições faltando com a verdade e cometendo ilegalidades".

"Por outro lado vejo que Vossa Excelência recorre aos votos que recebeu como justificativa. Não é salvo conduto. É delegação que pressupõe deveres e direitos, e o maior dos deveres de quem recebe votos é o respeito a leis e à Constituição."

Aécio citou falas de Dilma em debates eleitorais de 2014, mencionando respostas sobre inflação, baixo crescimento da economia e dívida pública.

Depois, perguntou: "Em que dimensão Vossa Excelência e seu governo se sentem sinceramente responsáveis por essa recessão, pelos 12 milhões de desempregados no Brasil, por 60 milhões de brasileiros com suas contas atrasadas e uma perda média de 5% da renda dos trabalhadores brasileiros?".

Dilma começou sua resposta a Aécio também falando que "jamais imaginaria" que, após os debates eleitorais em 2014, voltaria a encontrar o senador nesta situação.

A presidente afastada afirmou que Aécio a acusou "sistematicamente" após o pleito. Ela menciona tentativas de impugnar seu mandato, como recontagem das urnas eletrônicas e dos gastos com a campanha eleitoral.

Voltou a citar fatores para justificar a crise econômica, como a desvalorização do real, a elevação dos juros nos EUA, as secas no Brasil e a desaceleração da China, além de criticar a eleição de Eduardo Cunha à Presidência da Câmara dos Deputados, o que, segundo ela, "produziu situação complexa" para o governo.

"Eu quero deixar claro, senador, que eu respeito o voto direto neste país. Acho que o voto direto é uma grande conquista nossa", afirmou. "Por isso respeito todos que concorreram comigo. Agora não respeito a eleição indireta que é produto de processo de impeachment sem crime de responsabilidade."

"Eu tenho a certeza que uniu-se duas forças diferentes, uma que queria impedir que a sangria continuasse, com uma força que queria impedir que nós saíssemos da crise", afirmou. Com informações da Folhapress.

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