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O presidente Michel Temer lidera o acordo comercial entre o bloco e o Mercosul. No entanto, um eurodeputado do partido espanhol do Podemos, Xavier Benito, enviou uma carta para a Alta Representante da União Europeia (UE) para Política Externa e Segurança, Federica Mogherini, solicitando que não se negocie com o peemedebista.
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De acordo com a Exame, no documento, assinado por mais de 30 eurodeputados de diferentes grupos políticos e nacionalidades, Benito denuncia a falta de "legitimidade democrática" do governo Temer, que substitui Dilma Rousseff enquanto a presidente passava pelo processo de impeachment.
"O acordo comercial com Mercosul", alega Benito na carta, "não só se limita a bens industriais ou agrícolas, mas inclui outros afastados como serviços, licitação pública ou propriedade intelectual. Por isso, é extremamente necessário que todos os atores implicados nas negociações tenham a máxima legitimidade democrática: a das urnas", afirmou.
O eurodeputado, também primeiro vice-presidente da delegação do Parlamento Europeu (PE) para as relações com o Mercosul, afirma que estes acordos devem levar em conta "a dignidade das pessoas e os direitos humanos, e não devem nunca priorizar o lucro econômico ao bem-estar das pessoas", disse.
"Duvidamos que este processo de negociação tenha a legitimidade democrática necessária para um assunto desta magnitude", argumentou. "O mandato de Dilma Rousseff só pode ser mudado mediante o único método democraticamente aceitável: as eleições", complementou.
Benito frisa que "compartilhar a preocupação expressada também pelo secretário-geral da Organização dos Estados Americanos (OEA) e pela Unasul sobre a severa situação na qual Dilma Rousseff foi condenada por um Congresso doente de corrupção e claramente orientado por obscuras intenções".
O comunicado ainda decreta: "é necessário suspender as negociações entre a UE e Mercosul já que tal acordo comercial não deveria ser negociado com o atual governo brasileiro", e segue, "eeivindicamos que a UE dê o seu total apoio e envolvimento para o restabelecimento da ordem democrática no Brasil", concluiu.