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Os governos de Itália e Líbia concordaram nesta sexta-feira (2) que medidas urgentes devem ser colocadas em prática para reduzir o risco de novas tragédias humanitárias causadas pelo aumento do fenômeno da imigração ilegal.
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Por isso, foram aprovadas uma série de iniciativas que visam a controlar e reduzir com eficácia a crise migratória, como a criação de uma Comissão Interministerial e de uma Sala Operacional Conjunta, afirma um comunicado oficial do Palácio Chigi, sede do governo italiano.
Com as medidas, a resposta ao problema da imigração clandestina começaria com um melhor controle das fronteiras líbias e com a ajuda do governo do país africano em resgates de barcos e botes de imigrantes que tentam entrar na Itália atravessando o Mediterrâneo, o que até o momento é uma tarefa realizada majoritariamente pela Guarda Costeira italiana.
A Líbia é um dos principais pontos de partida para imigrantes que fogem do norte da África rumo à Europa por causa de confrontos e guerras. No país, a maioria das pessoas faz a travessia para o continente europeu pela "rota do Mediterrâneo Central", que parte da Líbia, segue pelo Canal da Sicília e chega às ilhas dessa região italiana. Muito utilizada, essa via é a mais mortal do mundo, sendo mais demorada e perigosa que a travessia para a Grécia.
Sobre o assunto, o ministro italiano das Relações Exteriores, Paolo Gentiloni, disse que Roma, em vista do aumento dos fluxos migratórios vindos da Líbia, "solicitou a máxima colaboração" das autoridades líbias. (ANSA)
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