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De acordo com Awazu, assim como houve um pouco de excesso de otimismo dos agentes sobre o Brasil e outros países emergentes no passado, agora parece existir um exagero de pessimismo. "A verdade está mais no meio-termo. As coisas eram, possivelmente, não tão exuberantes e agora são, possivelmente, mais normais", disse, ao comentar as declarações que deu numa palestra na Universidade George Washington, em Washington.
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"O Brasil está muito bem preparado para período de transição", disse, destacando que esse tempo deve ser marcado por maior volatilidade e "reprecificação" de ativos de países emergentes. Ele catalogou um conjunto de fatores para explicar por que o País está melhor preparado agora para lidar com a mudança do cenário econômico mundial. O Brasil tem bons fundamentos macroeconômicos e reservas internacionais sólidas. Awazu citou ainda bons indicadores, como a relação entre dívida externa sobre as reservas e ainda o fato de o BC ter lançado um programa de swap que trouxe mais previsibilidade.
"Vamos poder reforçar a nossa estabilidade macroeconômica e dar previsibilidade aos nossos agentes para que eles possam continuar o processo de recuperação da economia brasileira e recuperação gradual do investimento e do crescimento", afirmou. Ele declarou ainda que o Brasil tem um sistema financeiro sólido, capitalizado e bem-provisionado para eventuais calotes, o que ajuda a absorver a maior volatilidade sem que isso traga grandes turbulências no mercado financeiro.
"O Brasil preparou-se para tempos de reversão do sentimento de mercado através da manutenção dos seus fundamentos macroeconômicos, dos níveis de dívida, da inflação sob controle", garantiu. "Acreditamos que estamos com condições de continuar o processo de recuperação gradual com estabilidade", completou.