© Reuters
Anthony Loyd, um repórter do jornal britânico do Times, reconheceu o homem que o sequestrou em 2014 na Síria nas imagens de um grupo de rebeldes apoiados pelos EUA.
PUB
Em um artigo publicado no Times este sábado (3), Loyd conta que estava assistindo a um vídeo no Facebook de um grupo apoiado pela CIA quando ele identificou um de seus captores entre os combatentes que brandiram fuzis de assalto Kalashnikov festejando a vitória perto da cidade de al-Rai, na fronteira sírio-turca.
"Era a cara do homem que tinha visto na última vez em maio de 2014 quando ele se inclinou e atirou duas vezes quase a queima-roupa no meu tornozelo esquerdo, quando eu estava de mãos amarradas", escreve Lloyd.
Antes disso, adicionou Lloyd, o militante havia batido nele, lhe chamando de espião da CIA.
Ele está surpreso com o fato de que grupos rebeldes que levam a cabo raptos, torturas e execuções em massa agora fazem parte da chamada oposição síria moderada e lutam contra o Daesh.
O Comando Central dos EUA não explicou ao Times como «um sequestrador tão conhecido, que tem ligações com os extremistas, poderia ter passado nos filtros de seleção norte-americanos».
Antony Lloyd e o fotógrafo Jack Hill foram sequestrados em 2014 vindos da Turquia a caminho de Aleppo. Sua tentativa de fuga falhou, após disso eles foram espancados. Depois, os jornalistas foram libertados.A Anistia Internacional, uma organização global que defende os direitos humanos, publicou um artigo em julho passado em que relata que pelo menos dois grupos rebeldes responsáveis por raptos, torturas e execuções em Aleppo e Idlib foram apoiados pelos EUA e seus aliados. Com informações de Sputnik Brasil.
Leia também: Após canonização,Papa convida 1,5 mil pobres a comer pizza