© Divulgação  
Principais grupos do país estão vendendo empresas e participações para pagarem dívidas. 150 companhias monitoradas pela Ficth estão buscando esse tipo de negócio para renegociar dívidas existentes pela recessão. Grupos se desfazem principalmente dos títulos emitidos no exterior (bonds).
PUB
O levantamento da Fitch mostra que o estoque desses papéis com vencimentos até 2030 é de US$ 96 bilhões (cerca de R$ 312 bilhões) -mais de dois terços da dívida total das empresas no exterior é de bonds.
De acordo com o Jornal Folha de S. Paulo, a os bancos privados estão em alerta com a situação, pois nos últimos anos emprestaram cerca de R$ 1,1 trilhão só para esses grupos. Somente entre julho e dezembro de 2015, houve um aumento de 6,7% para 7,6% no saldo renegociado da carteira de crédito das empresas.
A situação abrange diversos setores, além das empreiteiras envolvidas na Operação Lava Jato. A Eletrobras, por exemplo, está se desfazendo das distribuidoras.
Com uma dívida de R$ 11,7 bilhões, a mineira Cemig pode sair das usinas de Belo Monte e Santo Antônio.
A Copel, no Paraná, está se desfazendo da fatia na Sanepar (empresa de saneamento).
Para conseguir um empréstimo de US$ 300 milhões, a Gol deu boa parte de suas ações no programa de fidelidade Smiles para sua parceira americana Delta.
Até o final de 2017, as empresas têm de pagar US$ 11,2 bilhões (R$ 36,4 bilhões).