Sexo frequente é arriscado para homens idosos; não para mulheres

Pesquisa revela que orgasmos são benéficos para saúde feminina na terceira idade

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Lifestyle Estudo 06/09/16 POR Notícias Ao Minuto

Em homens idosos, as relações sexuais frequentes e satisfatórias aumentam os riscos de ataque cardíaco. Já para as mulheres de idade avançada, o orgasmo é benéfico, afirma um estudo publicado nesta terça-feira (6).

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"Estes resultados questionam a muito disseminada ideia de que as relações sexuais melhoram a saúde de todos sem distinção de sexo", revelou Hui Liu, professor-adjunto de sociologia da Universidade de Michigan, principal responsável pela pesquisa, a mais ampla já realizada até agora sobre o tema.

De acordo com o Correio do Povo, os investigadores analisaram os dados de um estudo nacional realizado entre 2.204 pessoas de ambos os sexos de mais de 57 anos.

Com incentivo do governo federal, os trabalhos estão publicados na edição do Journal of Health and Social Behavior (Revista de Saúde e Comportamento Social).

Nas mulheres idosas, as relações sexuais satisfatórias podem inclusive reduzir o risco de hipertensão, dizem os estudiosos.

Os participantes da pesquisa tinham entre 57 e 85 anos no momento dos primeiros resultados do estudo, em 2005-2006, e dados suplementares foram obtidos cinco anos mais tarde.

O risco cardiovascular foi medido em termos de hipertensão, ritmo cardíaco acelerado e da taxa de uma proteína no sangue, a chamada C-reativa, que mede o nível de inflamação no organismo. Os autores ainda cosnideraram o número de ataques cardíacos, acidentes vasculares cerebrais e insuficiências cardíacas nos diferentes grupos.

O estudo concluiu que os homens idosos que tinham relações sexuais uma ou mais vezes por semana tiveram nos cinco anos o dobro de acidentes cardiovasculares em relação aos que estavam sexualmente inativos. Esta diferença de risco não foi constatada entre as mulheres.

Estes resultados sugerem que o estresse e os esforços de uma relação sexual são mais exigentes com a idade para os homens, uma vez que eles têm cada vez menos energia e mais dificuldade para ter uma ereção e atingir o orgasmo. Outros agravantes podem contribuir para os problemas cardiovasculares, como a diminuição das taxas de testosterona e o uso de medicamentos para paliar as disfunções sexuais, avaliam os pesquisadores.

Eles consideram "provável que tais medicamentos para aumentar a libido tenham efeitos adversos sobre a saúde cardiovascular dos homens mais velhos".

O inverso ocorre nas mulheres da mesma faixa etária, que com orgasmos intensos - ou simplesmente satisfatórios - reduziram claramente seu risco de hipertensão cinco anos depois do estudo em relação às que não experimentavam prazer. Os pesquisadores explicam que o hormônio sexual liberado quando uma mulher tem um orgasmo poderia ter efeitos benéficos para a saúde.

Leia também: OMS reforça uso da caminsinha em meio a epidemia de Zika

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