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Os irmãos Anderson e Evelyn Oliveira nasceram com deficiência degenerativa e hoje são atletas de bocha adaptada. Evelyn, a mais nova, foi quem começou a jogar após o convite de uma professora. Em 2010, a jovem fez testes e foi contratada para jogar pelo Sesi de Suzano na região metropolitana de São Paulo.
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A reportagem do Globoesporte.com conta que a irmã apresentou Anderson ao esporte e, juntos, os irmãos se tornaram destaque na bocha. No entanto, o único problema é que os dois são classificados na mesma categoria, a BC3, e se tornaram rivais.
Evelyn disse que "é engraçado" encontrar o irmão nos campeonatos e enfrentá-lo. "Algumas vezes em finais, outras em fases decisivas, classificatórios... A parte chata é que sempre um acaba ficando fora", contou.
Mesmo sendo irmãos, eles admitem que há um pouco de rivalidade. "Em casa a gente sempre conseguiu separar bastante as coisas. Aqui no treino tem um pouco mais, mas nada fora do normal", revelou Anderson.
"Ele é mais frio quando entra em quadra. Eu até aprendi com ele ser um pouco assim. Entrar dentro de quadra e pensar: bom, vou esquecer que é meu irmão, é um adversário como os outros", explicou Evelyn.
PARALIMPÍADAS
Evelyn superou o irmão e conquistou uma vaga na seleção brasileira, a paratleta se prepara agora para a Paralimpíada do Rio de Janeiro. Ela está ansiosa para saber como é enfrentar os jogadores asiáticos, líderes do ranking na classe BC3.
"Tenho curiosidade de saber como é jogar contra os asiáticos, que são os tops na BC3. Se eu conseguir ficar entre os cinco melhores, por ser a primeira Paralimpíada, já estou muito feliz. Nas duplas nós temos uma equipe muito forte, eu acredito numa medalha", revelou em entrevista ao Globoesporte.com.
Dessa vez, o irmão Anderson vai ficar na torcida e garante que está com o coração apertado. "Infelizmente, não vai dar para assistir ela lá (no Rio). A gente fica com o coração apertado, mas vamos acompanhar pela televisão e torcer bastante para que ela alcance esse objetivo, esse sonho", disse.
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