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O jornal noruguês Aftenposten acusa o CEO do Facebook, Mark Zuckerberg, de abuso de poder depois de a rede social ter apagado a icônica e mundialmente premiada fotografia da Guerra do Vietnã, ‘Menina de Napalm’. A rede social teria interpretado a imagem como pornografia infantil.
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A publicação postou a fotografia, tirada em 1975 pelo fotógrafo Nick Ut, numa publicação sobre as “sete fotografias que mudaram a história da guerra”. Sem aviso, a imagem foi removida e o autor, Tom Egeland, suspenso da rede social.
O jornal escandinavo fez um segundo post, desta vez sobre a suspensão, acompanhado por uma recomendação do Facebook de “remover ou pixelizar” a fotografia. A rede social apontou que “quaisquer fotografias de pessoas com nádegas, genitais ou seios femininos completamente nus serão removidos”.
Em reação, Egil Hansen dedicou a primeira página da edição desta sexta-feira (9) do Aftenpost ao incidente. A fotografia ‘Menina de Napalm’ tem o destaque, comcomentário do editor, Espen Egil Hansen, afirmando que o Facebook deve tomar mais a sério a sua posição enquanto empresa de mídia, atribuindo ao CEO Mark Zuckerberg o papel de "editor mais poderoso do mundo".
O Facebook publicou explicações sobre o acontecimento por meio de um representante no jornal britânico The Guardian. A empresa alega que “apesar reconhecer que a fotografia é icônica, é difícil criar uma distinção entre permitir a fotografia de uma criança nua numa situação e não outras".
"Tentamos criar o equilíbrio certo entre permitir às pessoas que se expressem e manter uma experiência segura e respeitadora para a comunidade global [do Facebook]. As nossas soluções não serão sempre perfeitas, mas continuaremos a tentar melhorar as nossas políticas e as formas como as aplicamos", diz comunicado do representante.
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