© Remo Casilli/Reuters
Já envolvida em uma série de problemas administrativos, a prefeita de Roma, Virginia Raggi, agora comprou briga com o Vaticano.
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A chefe municipal deveria participar neste sábado (10) de um evento organizado pela Santa Sé, o Festival de Ação Católica, mas decidiu ficar em casa para trabalhar nas diversas crises que rondam seu mandato.
Segundo fontes do Campidoglio, sede da Prefeitura de Roma, Raggi avisou os organizadores do encontro sobre sua ausência na noite da última sexta-feira (9), alegando compromissos pessoais. "Eu ficaria decepcionado se não viessem os jovens", minimizou o secretário-geral da Conferência Episcopal Italiana (CEI), Nunzio Galantino.
No entanto, coincidentemente, o jornal vaticano "L'Osservatore Romano" publicou neste sábado um duro artigo criticando a administração de Roma e denunciando o "estado de abandono" da capital italiana.
"Bastou um breve temporal de fim de verão para alagar e paralisar muitos bairros. Poucos minutos de chuva provocaram a queda de numerosas árvores, danificaram automóveis e colocaram em risco a segurança dos cidadãos", diz o texto.
Além disso, o diário acrescentou que muitas ruas ficaram inundadas devido à "crônica falta de limpeza" dos bueiros da cidade. Eleita em junho passado, Virginia Raggi tornou-se a primeira mulher a governar a capital italiana e deu ao partido populista e antissistema Movimento 5 Estrelas (M5S) a maior vitória de sua história.
No entanto, depois de quase três meses, sua administração ainda não deslanchou. Além dos recorrentes problemas de lixo, trânsito e buracos, a prefeita passou a ser questionada por conta da nomeação de assessores investigados pela justiça, algo que lhe fez perder apoio até entre os militantes do M5S.
Além disso, pressionada pelo partido, Raggi deve cumprir a promessa de campanha de abandonar a candidatura olímpica de Roma. (ANSA)