© Agência Câmara
Nesta segunda-feira (12), após a fala do relator do processo, deputado Marcos Rogério (DEM-RO), que pediu a cassação do deputado afastado Eduardo Cunha (PMDB), o próprio peemedebista apresenta sua defesa no plenário.
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Cunha afirma que o Petrolão é um esquema criminoso formado pelo Partido dos Trabalhadores (PT), o que gera protestos por parte dos parlamentares. Afirma que as acusações contra ele não são nada comparadas ao Petrolão.
O ex-presidente da Câmara diz que denúncia contra o presidente do Senado está há mais de 3 anos esperando para ser apreciada, e que no caso dele demorou menos de 60 dias. "Isso demonstra o tratamento dado ao meu caso", declara.
Cunha afirma que o governo não tinha maioria parlamentar, o que fez que sofresse seguidas derrotas na Câmara e nega pautas bomba: "nunca houve pauta bomba nesta Casa, bomba era o governo", disse o parlamentar.
"Durante meu mandato, 53 pedidos de impeachment chegaram na minha gestão. Eu recusei 40, aceitei um e 12 não deliberei".
O peemedebista afirma que para o impedimento, os procedimentos necessários e corretos foram feitos, e no caso dele não. Ao falar de sua mulher, Claudia Cruz, ele afirma que ela não é deputada: "não tem ninguém aqui que pode ser processado por quebra de decoro da família", diz o deputado.
"Esse criminoso governo foi embora, e graças à atividade que foi feita por mim ao aceitar o processo de impeachment", diz criticando o governo do PT e a ex-presidente Dilma Rousseff, gerando mais vaias no plenário.
"Estou pagando o preço para o Brasil ficar livre. O preço de ter conduzido um processo que ninguém mais faria naquele momento. Chantagens foram feitas sobre mim, e eu recusei", disse.
"Me julguem com isenção, não me julguem pelo 'ouvi dizer', julguem pelo que sou acusado", pediu e negou novamente que tenha mentido na CPI ou que tenha contas no exterior, por não existir provas. "Eu não desejo isso aos meus adversários". "Que Deus possa iluminar vocês", conclui.