Comboio de ajuda humanitária é alvo de bombardeio na Síria

O secretário de Estado americano, John Kerry, afirmou que a Rússia -principal aliada de Assad- não cumpriu sua parte no acordo que implementou a trégua de sete dias

© REUTERS/Abdalrhman Ismail

Mundo 12 mortos 19/09/16 POR Folhapress

Um comboio de caminhões do Crescente Vermelho levando ajuda humanitária foi atingido por ataques aéreos perto da cidade síria de Aleppo e 12 trabalhadores e motoristas morreram, de acordo com informações do Observatório Sírio de Direitos Humanos.

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As Nações Unidas confirmaram que o comboio foi atingido e criticaram o ataque. O observatório afirmou que o comboio foi alvo de ataque aéreo sírio ou russo.

Setores de Aleppo controlados por rebeldes opositores ao ditador Bashar al Assad foi alvo de outros bombardeios, que começaram menos de uma hora depois que o Exército sírio anunciou o fim do cessar-fogo.

Foram registrados bombardeios nos bairros de Sukari e Amiriya, dois setores no leste da cidade, e também no norte, segundo a ONG britânica Observatório Sírio dos Direitos Humanos.

O secretário de Estado americano, John Kerry, afirmou que a Rússia -principal aliada de Assad- não cumpriu sua parte no acordo que implementou a trégua de sete dias a partir do último dia 12. Por isso, disse Kerry, Washington não pode cooperar militarmente com Moscou.

"Considerando que as condições do cessar-fogo não estão sendo respeitadas pelos rebeldes, consideramos que não faz sentido para as forças do governo russo respeitá-lo de forma unilateral", disse Rudskoi.

EUA, Rússia e outros atores-chave no processo de paz na Síria se reunirão nesta terça-feira (20) em Nova York, em meio ao início da Assembleia Geral da ONU, informou o Departamento de Estado americano.

Ministros das Relações Exteriores de 20 países vão discutir a situação no país, devastado por uma guerra civil que já dura seis anos.

CESSAR-FOGO

Iniciado no dia 12 e com previsão de duração de sete dias, o cessar-fogo na Síria vinha sendo violado desde o final da semana passada.

A situação se agravou no sábado (17), quando bombardeios aéreos da coalizão internacional liderada pelos EUA mataram ao menos 62 soldados do regime.

Assad classificou a ação como "flagrante agressão". Para ele, o incidente mostrou um "crescente apoio dos países opositores da Síria aos terroristas".

O ditador afirmou ainda que os EUA, potências europeias e regimes sunitas como o da Arábia Saudita, que integram a coalizão internacional, "fazem tudo ao seu alcance" para manter a guerra civil. Com informações da Folhapress.

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