Jaques Wagner vai ocupar cargo no segundo escalão do governo da Bahia

Novo cargo dará a Wagner maior liberdade para atuar como articulador político e manter unida a base aliada para a disputa das eleições estaduais de 2018

© Reuters

Política Petista 22/09/16 POR Folhapress

Cinco meses depois de deixar o posto de ministro-chefe da Casa Civil do governo Dilma Rousseff (PT), Jaques Wagner (PT) vai ocupar um cargo no segundo escalão do governo do petista Rui Costa, na Bahia.

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O ex-governador da Bahia vai comandar a Fundação Luís Eduardo Magalhães, instituição sem fins lucrativos e de utilidade pública, destinada a fomentar políticas públicas e ações de qualificação de servidores.

A nomeação foi confirmada pelo governador Rui Costa nesta quinta-feira (22) em entrevista a uma emissora de rádio.

Aliados do governador afirmam que opção pela fundação foi do próprio Jaques Wagner. Ele optou por um cargo "discreto" que ofuscasse a gestão do seu afilhado político e amigo Rui Costa.

"É admirável a forma simples e humilde que Wagner se coloca vindo participar da gestão do governador Rui. Para nós, é um privilégio ter no governo uma figura com a estatura política dele", diz o secretário de Relações Institucionais da Bahia, Josias Gomes.

Além de não ir para a linha de frente da gestão, o novo cargo dará a Wagner maior liberdade para atuar como articulador político e manter unida a base aliada para a disputa das eleições estaduais de 2018.

Rui Costa deverá ser candidato a reeleição daqui há dois anos e deve enfrentar nas urnas o prefeito de Salvador ACM Neto (DEM), favorito para ser reeleito na capital este ano. Jaques Wagner é cotado para disputar o Senado em 2018.

FILHO DE ACM

A Fundação Luís Eduardo Magalhães foi criada em 1999 na gestão do governador César Borges, então no PFL.

Foi batizada em homenagem ao filho do senador Antônio Carlos Magalhães, que na época era o principal adversário dos petistas baianos. Luís Eduardo morreu em 1998 anterior aos 43 anos, quando era líder do governo Fernando Henrique Cardoso (PSDB) na Câmara.

A fundação é uma entidade de direito privado que funciona como uma organização social. Desde agosto deste ano, contudo, o Tribunal de Contas do Estado decidiu que a fundação terá que prestar contas à Corte.

O entendimento é que fundação foi é gerida com dinheiro público, deve ser tratada da mesma forma que as outras autarquias estaduais. Com informações da Folhapress.

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