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As forças aéreas russas lançaram neste sábado (1º) uma nova série de ataques a áreas controladas por rebeldes na cidade síria de Aleppo. No mesmo dia, o país alertou os EUA para consequências "terríveis e tectônicas" se mantiverem a ofensiva internacional contra as forças do governo do ditador Bashar al Assad.
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A porta-voz da Chancelaria russa Maria Zakharova afirmou que uma agressão direta dos EUA contra o governo sírio e as forças armadas levaria a mudanças tectônicas assustadoras não apenas no país, mas em todo o Oriente Médio.
Em declarações reproduzidas pelas agências de notícias russas, Zakharova disse que uma mudança de regime na Síria criaria um vácuo de poder rapidamente preenchido por terroristas de todos os tipos.
A Rússia é a maior aliada do governo Assad, que enfrenta há cinco anos uma guerra civil que devastou o país e tornou o território sírio em um oásis para o grupo terrorista Estado Islâmico. Os EUA, junto a outras potências ocidentais, pedem a renúncia do ditador sírio.
Nesta sexta-feira (30), a ONG britânica Observatório Sírio dos Direitos Humanos afirmou que mais de 9.000 pessoas morreram em um ano do início da ofensiva russa no país.
De acordo com o levantamento da organização, que monitora o conflito sírio, 9.364 pessoas morreram devido à ofensiva militar russa. Desses, 3.804 eram civis -906 crianças. Os mortos incluem ainda 2.746 membros da facção terrorista Estado Islâmico e 2.814 integrantes de outros grupos rebeldes.
Os ataques russos ajudaram Assad a reforçar suas posições em áreas estratégicas, como na província de Aleppo, no norte do país, e na região da capital, Damasco.
Aleppo foi o alvo dos ataques de aviões russos neste sábado, que se concentraram em uma das principais rotas de abastecimento dos rebeldes a estrada Castello e o distrito Malah. Houve ainda confronto no bairro de Suleiman al Halabi, frente de batalha ao norte da Cidade Velha de Aleppo.