© Foto: Manu Gomez/ Fotomovimiento (14/03/2016)
Para chegar à Europa, refugiados de zonas de conflito estão pagando até 1,5 mil euros, cerca de R$ 5,5 mil, para chegar à Europa. Apesar do alto preço, a jornada é feita em condições arriscadas e subumanas.
PUB
Hamid Wafa, por exemplo, saiu do Afeganistão e passou 19 horas debaixo de um trem. Ele saiu da Grécia em direção à Sérvia, passando pela Macedônia.
No final da viagem, pretende chegar ao norte europeu, mais rico e próspero.
"Vi meu amigo sendo decapitado pelo Taleban diante dos meus olhos", alega.
De acordo com matéria da BBC, Grécia e Macedônia são alguns dos países que mais têm recebido refugiados, pela proximidade com o Oriente Médio e a Ásia Central.
Em março deste ano, na fronteira entre os dois países, 14 mil refugiados permaneciam acampados. Mas a situação hoje é diferente. A maioria foi deslocada para outros campos de refugiados espalhados pela Grécia.
Maram e seus filhos, que saíram da Síria, são parte desse grupo. "Nada aqui é bom, a água não é boa, a comida não é boa, não há médicos", diz.
Atualmente, cerca de 60 mil refugiados vivem em campos na Grécia. O processo de asilo é demorado e muitos se sentem presos. Desesperados para sair dali, eles tentam a sorte e se lançam em viagens perigosas rumo ao norte europeu.
Mohammed é um deles. Natural de Yarmouk, na Síria, ele diz já ter tentado cruzar a fronteira nove meses, mas não conseguiu. Segundo ele, a única chance é pagar um traficante de pessoas. "Só que eu não tenho dinheiro", afirma.