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Cara fechada, mãos crispadas, respostas curtas e uma ligeira gagueira. O capitão Maicon, que volta ao time do São Paulo contra o Sport nesta quarta-feira (5), era a cara da tensão e do nervosismo na entrevista coletiva desta terça-feira (4).
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O motivo é o mau posicionamento do São Paulo na competição -14ª colocação, quatro pontos à frente da zona do rebaixamento-, mas também cobranças de torcedores. "Já passei por duas situações constrangedoras com cobranças em dia de lazer. Estava com minha mulher e meu filho e não quero que isso continue. Até por isso, o time precisa melhorar bastante".
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Depois de falar sobre o questionamento, não quis se estender mais. "Foram palavras duras e eu estava com minha mulher. Mas estou acostumado e não me abato".
Maicon, como todo torcedor do São Paulo, não tem uma noção do que fazer para o time melhorar. A primeira medida é a mesma que ele repetiu em pelo menos três entrevistas anteriores: "temos que lutar muito para sair dessa situação". Exatamente o que Kelvin disse no dia anterior.
Ele prega luta e união, mas avança pouco no modo como isso pode trazer vitórias. Na hora de definir o que fazer, sua alternativa foi simples. "Tem de fazer gol, se não fizer gol não vence. A gente tem chance, mas o gol não está saindo".
Em seguida, rapidamente, tratou de não culpar os atacantes pelo jejum. "Lateral, volante e zagueiro também podem fazer gols. Nós precisamos fazer".
Ele já viu melhora no empate contra o Flamengo e acha que é possível vencer o Sport nesta quarta, às 21h45 (de Brasília), no Recife. "Sofremos muito no Morumbi em jogos passados, mas conseguimos encarar de igual para igual o vice-líder do campeonato. Agora uma vitória vai deixar a gente quatro pontos (na verdade, cinco) na frente do Sport. Temos qualidade para isso e precisamos mostrar como se faz".
Maicon aproveitou para pedir atenção com o atacante Rogério, que estava no São Paulo antes de ir para o Sport. "Todo jogador que sai de um time quer mostrar serviço no primeiro encontro. Ele também vai fazer isso".
Para o jogo, o São Paulo não terá Cueva, Wesley e Mena. Uma das opções é jogar no 4-2-3-1, com Hudson, Thiago Mendes, Kelvin, Jean Carlos e Michel Bastos no meio-campo e com Chavez no ataque. Carlinhos entraria na lateral esquerda. Se Carlinhos for para a meia, Michel Bastos sai e Mateus Reis vai para a zaga.
A segunda possibilidade é mais defensiva, com João Schmidt no lugar de Jean Carlos. Se Carlinhos jogar na lateral esquerda, Buffarini deve assumir a direita. Com informações da Folhapress.
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