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O chanceler do governo provisório da Líbia, Mohammed Taher Siyal, pediu que países europeus achem soluções para a crise de refugiados que não sejam empurrá-los para fora da União Europeia.
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A Líbia não está na lista de países que a UE considera que podem receber migrantes de volta devido à violência no país, mas outros países do norte da África fizeram acordos com o bloco para receber refugiados em busca de asilo. Siyala criticou o que chamou de tentativa de "exportar responsabilidades e pesos como resultado de imigração, jogando-os nas nossas costas e nas de outros países".
O fluxo de migrantes chegando à Europa via Turquia diminuiu por conta de acordo de devolução entre a UE e a Turquia, mas a travessia entre a Líbia e a Itália voltou a crescer.
Nesta terça (4) e quarta-feira (5), mais de 5.000 migrantes foram resgatados na costa da Líbia e 28 corpos foram encontrados.
Autoridades italianas disseram que três mulheres deram à luz nos últimos dias em um barco da Guarda Costeira que levava mil refugiados à Sicília. Bebês e mães passam bem.
Os 4.655 migrantes resgatados na terça estavam em 33 barcos lotados, incluindo 27 de borracha e um de madeira que levava mil pessoas.
No ponto mais próximo, a costa da Líbia fica a 290 km da ilha italiana de Lampedusa. Os responsáveis pelo tráfico humano vêm se aproveitando do caos no país africano para levar migrantes à Europa.
Desde o início do ano, 142 mil migrantes chegaram à Itália e 3.100 morreram na travessia. Em 2015, chegaram cerca de 154 mil migrantes ao país europeu e 2.892 morreram no mar.
A maioria desses refugiados vêm da África, de países como Nigéria, Eritreia, Guiné, Gâmbia, Sudão, Costa do Marfim e Somália. Com informações da Folhapress.