© Foto: Fernanda Carvalho/ Fotos Públicas
Um relatório divulgado na última quinta-feira pela agência das Nações Unidas para o Desenvolvimento e Comércio (UNCTAD) estima um aumento nos níveis de investimento estrangeiro direto nos Brics - bloco de cinco países emergentes do qual o Brasil faz parte - de cerca de 10% em 2016.
PUB
Isso corresponde a uma quantia entre US$ 270 bilhões (R$ 871 bilhões) e US$ 290 bilhões (R$ 936 bilhões).China e Índia devem atrair a maior parte disso, enquanto o Brasil disputa o interesse dos investidores com os outros dois integrantes do grupo, Rússia e África do Sul.
Os recursos que se enquadram nessa categoria são aqueles aplicados em atividades produtivas, criações, fusões e aquisições de empresas e empréstimos entre matrizes e filiais.
E, segundo especialistas consultados pela BBC Brasil, podem ter um papel importante na tarefa de tirar o país da crise. Eles explicam que há diversas formas de se incentivar a retomada do crescimento, entre elas o avanço das exportações, do consumo interno, dos gastos públicos e, por fim, o investimento estrangeiro direto.
Essa última opção, avaliam, seria a mais promissora para o país diante do atual contexto econômico.
Investimentos estrangeiros diretos são importantes porque possibilitam o aumento da capacidade produtiva nacional. Isso, na maioria das vezes, pressupõe a montagem de fábricas e escritórios, o que gera ativos e empregos.
Ou seja, é diferente do capital especulativo, que entra por meio da bolsa de valores e é volátil.O investimento estrangeiro direto tampouco pode "fugir" rapidamente do país o que, segundo os especialistas, resulta em benefícios concretos para o desenvolvimento local a médio e longo prazo.
Em 2015, o Brasil recebeu US$ 65 bilhões em investimento estrangeiro direto. No ano anterior, o total registrado fora de US$ 73 bilhões, o que em um comparativo mundial deixava o país em oitavo lugar entre os destinos mais atraentes, segundo dados da UNCTAD divulgados em junho. As informações são da BBC Brasil.