Temer vai ter DR com infiéis na votação da PEC de gastos

O ministro Eliseu Padilha (Casa Civil) disse que o presidente vai ter uma "DR [discutir a relação]" com os partidos da base aliada

© Paulo Whitaker/Reuters

Política câmara 11/10/16 POR Folhapress

Apesar de avaliar como "positivo" o resultado da votação do teto dos gastos públicos, o Palácio do Planalto vai cobrar deputados da base aliada que votaram contra o governo ou se ausentaram da sessão desta segunda-feira (10) na Câmara dos Deputados.

PUB

O próprio presidente Michel Temer vai conversar com todos os partidos da base aliada, principalmente aqueles em que foram registradas mais traições, para garantir que eles busquem uma unidade nas bancadas a favor das propostas do governo.

O ministro Eliseu Padilha (Casa Civil) disse que o presidente vai ter uma "DR [discutir a relação]" com os partidos da base aliada na busca de garantir maior coesão dos aliados em torno dos projetos governistas. A intenção do presidente é chamar ainda nesta semana, antes de sua viagem internacional, líderes de partidos como PSB e PPS, que registraram taxa elevada de traição na votação do teto, para discutir a relação com o governo.

"Se o presidente disse que vai ter um DR, é óbvio que estamos aguardando. O ministro Geddel Vieira Lima sugeriu ao presidente [cobrar os aliados] e, depois dessa conversa, é que o governo federal vai poder se posicionar", disse o ministro da Casa Civil. "A base do governo federal se faz com aliados e o governo federal não prende ninguém na base de sustentação", acrescentou.

Segundo a Folha de S.Paulo apurou, a estratégia é ameaçar parlamentares infiéis com o risco de perda de espaço no governo caso eles continuem votando contra medidas do presidente Michel Temer. Um assessor presidencial disse que o objetivo é tentar ampliar o placar desta segunda e não perder votos.

Além de mirar numa ampliação do placar na votação do segundo turno do teto dos gastos públicos, o alvo do governo também é a votação no futuro da reforma da Previdência Social.

O PSB, numericamente, foi o partido da base aliada que mais votou contra a proposta. Dos 32 deputados presentes à sessão, dez votaram contra o governo. O partido tem, no governo, o comando do Ministério de Minas e Energia.

Além do PSB, PPS e Pros também registraram traições em número considerado elevado pelo Palácio do Planalto.

Com esta estratégia, o governo espera que, no segundo turno da votação da emenda constitucional que cria o teto de gastos públicos, o número de votos a favor da proposta supere os 366 obtidos no primeiro turno.

Na contabilidade do Palácio do Planalto, a expectativa era conseguir entre 355 e 365 votos no primeiro turno. O resultado final acabou superando em um voto as planilhas do governo.

"A tendência é que a gente aumente o placar [no segundo turno]. Mas tem de medir isso mais próximo do dia da votação", disse o ministro da Casa Civil.

Leia também: Renan quer correr para votar PEC de gastos no Senado

PARTILHE ESTA NOTÍCIA

RECOMENDADOS

economia Dinheiro Há 16 Horas

Entenda o que muda no salário mínimo, no abono do PIS e no BPC

tech Aplicativo Há 16 Horas

WhatsApp abandona celulares Android antigos no dia 1 de janeiro

brasil Tragédia Há 10 Horas

Sobe para 14 o número desaparecidos após queda de ponte

mundo Estados Unidos Há 17 Horas

Momento em que menino de 8 anos salva colega que engasgava viraliza

fama Realeza britânica Há 9 Horas

Rei Chales III quebra tradição real com mensagem de Natal

fama Emergência Médica Há 17 Horas

Gusttavo Lima permanece internado e sem previsão de alta, diz assessoria

brasil Tragédia Há 17 Horas

Vereador gravou vídeo na ponte Juscelino Kubitschek de Oliveira pouco antes de desabamento

fama Hollywood Há 12 Horas

Autora presta apoio a Blake Lively após atriz acusar Justin Baldoni de assédio

mundo Estados Unidos Há 12 Horas

Policial multa sem-abrigo que estava em trabalho de parto na rua nos EUA

brasil Tragédia Há 16 Horas

Mãe de dono da aeronave que caiu em Gramado morreu em acidente com avião da família há 14 anos