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A Academia Sueca anunciou nesta quinta-feira (13) que o escritor e músico norte-americano Bob Dylan, 75 anos, é o ganhador do Prêmio Nobel de Literatura de 2016. Segundo o comitê, ele "criou novas expressões poéticas no âmbito da grande tradição musical norte-americana".
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O prêmio deveria ter sido anunciado na última quinta-feira (6), mas foi adiado sem muitas explicações. Conforme fontes ligadas à entidade comentaram, não havia consenso entre os 18 jurados sobre a escolha.
Nascido Robert Allen Zimmerman, Dylan é natural Duluth, Minnesota, e é considerado um dos maiores músicos do século passado. Sua carreira musical ganhou destaque quando se mudou para Nova York, na década de 1960, tornando-se mundialmente famoso.
Vencedor de 10 prêmios Grammy, o "Oscar" da música, o artista já passou por diversos ritmos musicais - do pop ao rock. Entre suas principais canções, estão "Blowin' in the Wind", "The Man in Me" e "Knockin' on Heaven's Door". Já na literatura, Dylan escreveu seu primeiro livro em 1966, "Tarântula", que só foi publicado em 1971, e em 2004, lançou "Chronicles: Volume One". (ANSA)
A porta-voz da Academia Sueca, ara Danius, afirmou que Dylan "é um grande poeta dentro da tradição da língua inglesa. Um autor original que carrega com ele a tradição e está há mais de 50 anos inovando e se renovando”, disse após o anúncio. Ela ainda comparou Dylan aos grandes da Antiguidade: “Homero e Safo escreveram poesias que eram para ser lidas em voz altas, a mesma coisa com Bob Dylan". A porta-voz ainda deucomo exemplo o disco de 1966 Blonde on Blonde, de faixas como Visions of Johanna, Just Like a Woman, Rainy Day Woman e I Want You.
2016
O anúncio desta quinta-feira coloca fim à série de prêmios Nobel entregues em 2016. O presidente da Colômbia, Juan Manuel Santos, recebeu o Nobel da Paz pelo acordo de paz alcançado com as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) - que pôs fim a 52 anos de conflito armado.
Já Oliver Hart e Bengt Holmström receberam a premiação de Economia por suas contribuições à chamada "teoria de contratos", enquanto o de Medicina foi entregue ao japonês Yoshinori Ohsumi por seus estudos sobre a "autofagia celular".
O trio de cientistas David Thouless, Duncan Haldan e Michael Kosterlitz recebeu o Nobel de Física pela descoberta da "face" exótica da matéria. O prêmio de Química foi entregue a Jean-Pierre Sauvage, Fraser Stoddart e Bernard Feringa pelo desenvolvimento de "máquinas moleculares".