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O Tribunal de Ragusa, província da região italiana da Sicília, condenou nesta segunda-feira (17) Veronica Panarello a 30 anos de prisão pelo homicídio de seu filho, Loris Stival, de apenas oito, ocorrido em novembro de 2014.
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A mulher é acusada de ter estrangulado o menino com uma cinta de plástico e de ter ocultado o cadáver ao jogá-lo em um canal, em um dos crimes que mais chocaram a Itália nos últimos anos. Panarello, 28, chorou suavemente ao ouvir a sentença e depois deixou o tribunal acompanhada de seu advogado e de agentes da Polícia Penitenciária.
O caso teve início em 29 de novembro de 2014, na cidade de Santa Croce Camerina, quando a própria mãe denunciou o desaparecimento do filho, alegando tê-lo deixado de carro na escola e não tê-lo encontrado ao fim da aula. O corpo foi achado no fim da tarde, perto de um moinho, com feridas na cabeça e sinais de estrangulamento.
Contudo, a partir daí os investigadores descobriram uma série de inconsistências no depoimento da mãe. Quatro câmeras de segurança instaladas perto da escola de Loris mostraram que Panarello chegara ao local apenas com o filho mais novo.
Outra câmera ainda flagrou o carro da mulher em uma via perto da estrada que conduz ao moinho onde estava o corpo do menino. A mãe foi presa no dia 9 de dezembro de 2014 e passou a responder por homicídio e ocultação de cadáver.
Após meses reafirmando a tese de que havia levado o filho à escola, Panarello mudou de versão e disse que Loris tinha morrido por um acidente enquanto brincava com a fita plástica em casa. Contudo, mais tarde ela fez uma terceira reconstrução e disse que o assassino era seu sogro, Andrea Stival, que matara o pequeno após ele ter descoberto que os dois eram amantes.
Stival chegou a ser investigado, mas a Procuradoria de Ragusa não encontrou provas contra ele, que agora pode processar a nora por calúnia. "Veronica Panarello chorou e continua a chorar. Não aceita essa sentença porque diz que não é culpada", declarou seu advogado, Francesco Villardita, que recorrerá da sentença.
Já o pai de Loris, Davide Stival, afirmou que era a condenação que ele esperava. (ANSA)
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