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Para evitar que os pais sejam pegos "no flagra", os especialistas dão algumas dicas, de acordo com o UOL. "Trancar a porta do quarto todos os dias é uma das soluções", afirma a psicóloga Betty Monteiro, autora do livro “Criando Filhos em Tempos Difíceis” (editora Summus). Assim, mesmo que a criança bata na porta, os pais terão tempo de interromper o que estão fazendo ou pedir que ela espere um pouquinho, conforme revela Mariana Amaral, psicopedagoga e psicóloga clínica e hospitalar pela Unifesp (Universidade Federal de São Paulo). Manter a babá eletrônica ligada, para saber o que acontece no outro quarto, também é uma alternativa.
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O pesadelo de mães e pais, quando se torna realidade, deve ser levado a sério, mas não é preciso se desesperar. As reações e respostas vão depender da idade dos pequenos. Caso a criança tenha por volta dos três anos, o indicado é responder, da forma mais breve possível, apenas se ela perguntar, com outra pergunta. Por exemplo: caso ela pergunte o que os adultos estavam fazendo, a resposta deve ser: "o que você viu"? Assim os pais conseguem saber exatamente o que a criança sabe e podem falar o mínimo possível.
Já quando a criança tem cerca de cinco ou seis anos, ela consegue entender melhor o que está acontecendo e pode questionar por que os pais estão sem roupa. Nesse caso, a alternativa é explicar, mas sem se delongar muito - em geral, dizer que papai e mamãe estavam namorando é o suficiente.
Aos sete anos, as crianças vão perguntar mais e ficarão mais curiosos sobre a cena. Nesse caso, não use vocabulário adulto; algo como os pais estarem fazendo amor, algo que os adultos fazem quando se gostam, é suficiente. “Tudo bem voltar ao assunto depois, se não conseguir falar com a criança na hora. Só não é possível ignorar”, fala Silvia.
Dentre as atitudes que não devem ser tomadas de forma alguma estão pedir desculpas e agir de forma agressiva, culpando a criança pelo ocorrido. Caso o pequeno ache que o pai estava agredindo a mãe, não se desespere, pois esta é uma interpretação natural. Os pais devem afirmar que não houve nenhum tipo de agressão e que os dois estão bem. Se a criança começar a ter comportamentos estranhos após o flagra, como medos, tentativa de dormir no quarto com os pais ou pedir que um deles passe a dormir com ela, o indicado é consultar uma terapeuta infantil. Caso tudo permaneça como antes, mantenha a tranquilidade. E tranque a porta.
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