© Reprodução/TVCA
Sem luvas, peritos do Instituto Médico Legal (IML) de Cuiabá, no Mato Grosso, ficaram impossibilitados de trabalhar. A situação gerou espera e ainda mais sofrimento às famílias que aguardavam para sepultar seus mortos.
PUB
A família do radialista Ademir Rodrigues, de 65 anos, que morreu atropelado, nesse fim de semana, foi uma delas. Os parentes tiveram de esperar quase 12 horas para que o corpo fosse liberado.
“É fazer a família sofrer duas vezes, três vezes. Esse é o desrespeito maior. A espera, a angústia, não saber o horário que se pode liberar, para fazer o velório, comunicar a família, os amigos. Esse é o maior desrespeito. É inaceitável que a gente tenha que convier com isso”, disse Odair dos Reis Silva, irmão da vítima.
Segundo informações do G1, a situação só foi resolvida depois que um hospital público da capital fez uma doação de luvas para o IML.
O técnico em necropsia Jurandir de Oliveira explica que as luvas usadas por eles são diferentes das utilizadas em cirurgia. “A luva que nós utilizamos, a própria, ela vem até mais ou menos essa parte aqui [mostrando o antebraço], é um pouco mais espessa, grossa, e a gente utiliza duas luvas para cada procedimento, tem que pedir emprestado para realizar o serviço porque senão ia ficar o corpo para quando arrumasse”, disse.
Já a Perícia Oficial Técnica (Politec) disse que comprou um lote de luvas para o instituto, que só deve chegar na próxima semana.
Leia também: Prefeitura do Rio pode ser responsabilizada por morte de ciclista