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O Brasil tem registrado, há um ano e meio, o encerramento vagas de trabalho com carteira assinada. Em setembro, a quantidade de demissões superou as contratações em 39,3 mil, de acordo com dados do Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados) divulgados nesta quarta-feira (26) pelo Ministério do Trabalho.No cenário de crise econômica, setembro foi o 18º mês consecutivo em que o país demitiu mais trabalhadores do que contratou.
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Apesar do resultado negativo, o saldo foi melhor que o registrado em setembro de 2015, quando as demissões superaram as contratações em 95,6 mil -o pior resultado para o mês na série histórica do Ministério do Trabalho, que tem início em 1992.Para o Ministério do Trabalho, a melhoria do resultado em relação a setembro de 2015 indica "continuidade na trajetória de recuo de perda de postos de trabalho com carteira assinada no país".
Ainda assim, o resultado de 2016, no acumulado do ano, continua a bater recorde negativo. De janeiro a setembro, foram fechadas 683,6 mil vagas. É o pior resultado da série histórica do governo, que -para o acumulado do ano- tem início em 2002. Em 2015, o saldo negativo acumulado nos nove primeiros meses do ano foi de 562,2 mil.Em 12 meses, o país acumula uma perda de 1,6 milhão de postos de trabalho formal.
SETORES
A indústria de transformação se destacou, em setembro, com uma abertura de 9,3 mil postos de trabalho. No mesmo mês de 2015, o setor fechou 10,9 mil postos de trabalho.O resultado do mês passado foi puxado, principalmente, pelo comportamento positivo na área de produtos alimentícios e bebidas, que teve um saldo positivo de 15,2 mil vagas. De acordo com o Ministério do Trabalho, esse comportamento reflete principalmente a atividade de fabricação de açúcar.
Além da indústria de transformação, o comércio foi o outro setor que, no mês de setembro, teve um saldo positivo. As contratações superaram as demissões em 3,9 mil.A construção civil, por outro lado, foi a maior responsável pelas demissões no mês passado, com um saldo negativo de 27,6 mil. Em seguida, aparece o setor de serviços, com uma demissão líquida de 15,1 mil. A agricultura respondeu por um saldo negativo de 8,2 mil.
REGIÕES
Entre as regiões, o Sudeste se destaca com o maior saldo negativo: as demissões foram maiores que as contratações em 63,5 mil em setembro. O Centro-Oeste aparece com um saldo negativo de 5,4 mil e o Norte, com um resultado negativo de 1 mil.O Nordeste contratou 29,5 mil pessoas a mais do que demitiu e o Sul aparece com um saldo positivo de 1,1 mil. Com informações da Folhapress.