© Max Rossi / Reuters
Milhares de pessoas estão desabrigadas na região central da Itália após dois fortes terremotos terem atingido o local no início da noite desta quarta-feira (26).
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"Nós temos algo em torno de dois a três mil desabrigados e tememos ter muito mais casas inabitáveis do que aquelas que foram registradas após o terremoto do dia 24 de agosto", informou Cesare Spuri, chefe da Defesa Civil da região de Marcas, a mais afetada pelos abalos sísmicos.
Ainda de acordo com Spuri, "entre o grande número de pessoas que dormiram fora de casa há tanto famílias com as casas danificadas bem como desabrigados por estarem com medo".
Segundo o sismólogo Alessandro Amato, do Instituto Nacional de Geofísica e Vulcanologia (INGV), foram cerca de 200 réplicas desde o primeiro tremor de 5,4 graus na escala Richter registrado às 19h10 (15h10 no horário de Brasília).
Um outro sismo foi registrado às 21h18 (17h18 no horário de Brasília) ainda mais forte que o primeiro, de 5,9 graus, e houve mais de 30 réplicas de magnitude igual ou superior a 3 graus durante a madrugada e manhã desta quinta-feira (27).
O epicentro de todos os maiores abalos sísmicos ocorreu entre a Marcas e Perugia, próximos às pequenas comunas de Castel Santangelo sul Nera, Visso, Tolentino e Ussita, todas na mesma região.
O chefe da Defesa Civil da Itália, Fabrizio Curcio, o comissário extraordinário para a reconstrução, Vasco Errani, e o governador de Marcas, Luca Ceriscioli, visitarão as comunas mais atingidas nesta quarta. Errani foi designado para o cargo após o terremoto ocorrido no dia 24 de agosto, justamente, na mesma região.
Porém, diferentemente daquele sismo, dessa vez, apenas uma morte foi registrada e de maneira "indireta", já que o idoso que faleceu não estava sob escombros, mas teve um infarto pelo pavor provocado pelos constantes tremores. Há ainda dezenas de feridos. Em agosto, 298 pessoas morreram nas cidades de Amatrice, Accumoli e Arquata del Tronto e os locais registraram novos danos com o tremor de ontem.
Estima-se que os danos estruturais nas cidades sejam maiores do que o sismo de agosto já que muitas residências e prédios já estavam parcialmente danificados por aquele tremor. A forte chuva que cai na região também complica os trabalhos, já que as infiltrações podem causar ainda mais danos.
As aulas foram suspensas nas regiões de Úmbria, Marcas e Abruzzo.
Roma: Apesar de ficar relativamente longe do epicentro do terremoto, a capital Roma registrou mais de 100 intervenções dos bombeiros após os tremores - que foram sentidos na cidade. Rachaduras foram detectadas em vários prédios, mas de acordo com a Defesa Civil, nenhuma é tão grave a ponto de interditar as propriedades. (ANSA)
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